Durante a campanha eleitoral no Estado, as isenções fiscais foram constantemente criticadas. Conhecidos os resultados das urnas, caiu uma cortina de silêncio. Não se conhece com exatidão quanto houve de repasses às empresas nem os benefícios trazidos. Muito menos quando será possível recuperar o dinheiro público que o vento levou.
Outra reforma
Alguns candidatos que concorreram à Presidência da República acrescentaram a reforma tributária na pauta. Entre eles, Jair Bolsonaro. Na metade de novembro, escolhido para o Ministério da Economia, Paulo Guedes afirmou que levaria adiante, ouvindo empresários e consumidores, que sustentam a máquina pública. Sabe que o tema não pode ser tratado, como em governos anteriores, apenas em gabinetes fechados de Brasília.
A mudança deve começar pela melhor distribuição dos impostos, porque a fatia maior fica com a União. O sistema, um dos mais complicados do mundo, deve se tornar simplificado, o que diminuirá a sonegação. A partir daí, surgirá o apoio necessário no Congresso.
É preciso ligar os faróis
O déficit público bate recordes e os problemas se agravarão se os contribuintes permanecerem desatentos. Será meio caminho andado para destruir os fundamentos da República. Há necessidade de ter o sexto sentido mais apurado que os cinco convencionais: o bolso.
Dança das cadeiras
As negociações do deputado federal Rodrigo Maia para se reeleger presidente da Câmara incluem a entrega da 1ª presidência, que hoje é do MDB, ao PRB. Para o PSL, está reservando a 2ª vice-presidência. O PP também anda desgostoso: queria a presidência da Comissão do Orçamento, que Maia destinará ao PSD.
Para acertar os ponteiros
Começa hoje a rodada de encontros do governador Eduardo Leite com deputados estaduais da situação e da oposição, que irá até sexta-feira. Era o pedido insistente que a gestão anterior não atendeu. Por isso, muitos projetos enfrentaram barreiras.
Linha contrária
O prefeito de Gravataí, Marco Alba, ficou com a minoria: admite apoio ao governo estadual na votação de projetos do Executivo após analisada detalhada, mas não concorda que o MDB aceite cargos.
Sobe e desaba
Efeito confiança: o Ibovespa, principal indicador das ações mais negociadas, novamente bateu recorde ontem. O dólar comercial fechou o dia cotado a 3 reais e 69 centavos com queda de 0,41 por cento.
Antes tarde do que nunca
O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro no episódio Cesare Battisti e colaborado para o retorno. O governo brasileiro deveria enviar mensagem às famílias das vítimas e ao governo italiano, pedindo desculpas pela proteção ao terrorista, que era chamado de ativista.
Sem prolongar
Após a prisão de Battisti na Bolívia, foi cogitada escala em Brasília. Em boa hora, o voo foi direto para Roma. Mesmo que contrariado, mas cumprindo a lei, algum ministro do Supremo Tribunal Federal abriria prazo para a defesa de Battisti, com sua condução ao presídio da Papuda. É o que estabelece o Código de Processo Penal, pródigo em recursos e mais recursos.
Ruídos inevitáveis
Conflito no começo de gestão não é exclusividade de Bolsonaro. A 15 de janeiro de 2004, André Singer, porta-voz do governo Lula, declarou: “É natural que, no início do governo, ministros fiquem ansiosos por expressar opiniões com respeito aos problemas mais urgentes, criando contradições.” O ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, por exemplo, voltou atrás após anunciar que não haveria distinção entre civis e militares na reforma do setor que comandava.
Treinamento
Consultores sugerem que integrantes do primeiro escalão da Secretaria da Fazenda do Estado tenham aulas do pôquer. O jogo desenvolve a habilidade de se controlar em situações de risco.