Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2024
A prefeitura de Porto Alegre iniciou nessa quarta-feira (8) a construção de um acesso alternativo à cidade para veículos de emergência e caminhões. Com conclusão em até três dias, o novo caminho é feito de pedras sobre área ainda alagada do Centro Histórico entre o viaduto onde termina a avenida Castelo Branco e o Túnel da Conceição, próximo à Estação Rodoviária.
Pedras estão sendo colocadas ao longo de aproximadamente 300 metros para a montagem de uma pista única e cujo tráfego terá um sentido por vez. Conforme as equipes das Secretarias Municipais de Serviços Urbanos (SMSUrb) e Obras e Infraestrutura (Smoi), a estrutura facilitará atendimentos emergenciais e o abastecimento da capital gaúcha, além de desafogar a RS-118.
“Trata-se de um corredor humanitário fundamental, por meio do qual chegarão ambulâncias, remédios, comida e suprimentos”, ressaltou o prefeito Sebastião Melo. “Agradeço pelo esforço das secretarias envolvidas e parceiros. Juntos, vamos reerguer nossa cidade.”
Rota para Guaíba
Também nessa quarta, foi implementada uma rota emergencial pela rodovia BR-290 para ligar Porto Alegre a Eldorado do Sul e Guaíba. O objetivo é reforçar o atendimento aos dois municípios, localizados em uma das regiões mais devastadas pelas enchentes.
Indicado por sinalização específica, o trajeto é realizado pela ponte nova do Guaíba. Veículos em serviços essenciais autorizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) podem realizar a travessia com suprimentos e mantimentos.
Aqueles que trafegam pela Freeway devem prosseguir até o quilômetro 94, onde serão desviados para a pista contrária no sentido Litoral, para então ingressar na antiga alça de saída da ponte, na contramão. Já os oriundos da BR-448 podem utilizar a alça de entrada a Porto Alegre, no quilômetro 22, e fazer o mesmo trajeto.
A operação conta com o engajamento da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBM-RS), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), concessionária CCR Viasul e outras instituições.
Trata-se de uma iniciativa destinada a amenizar o quadro caótico da região. O prefeito de Eldorado do Sul, Ernani de Freitas, ressalta: “A situação é de horror. Não há uma única casa que não tenha sido tomada pela água. Também não há comércio em condições de reabrir suas portas. Teremos que recomeçar do zero, porque 100% da área urbana da cidade foi atingida pela enchente e precisa ser evacuada”.
(Marcello Campos)