Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de janeiro de 2020
O HPS de Porto Alegre é referência para esse tipo de atendimento
Foto: DivulgaçãoCom o calor e a umidade, crescem os riscos de acidentes com animais peçonhentos, já que esses fatores favorecem a reprodução dos mesmos. No HPS (Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre), foram atendidos 367 casos desse tipo de ocorrência durante os meses de novembro e dezembro de 2019 – uma média de seis por dia.
O HPS é referência para esse tipo de atendimento. Foram registrados vários casos de picada por aranha marrom, presente com frequência nas grandes cidades. A picada é indolor e, normalmente, não fica marca. Os sintomas começam a aparecer depois de seis a 12 horas da picada e envolvem área avermelhada, dor e queimação no local, podendo evoluir para necrose.
Ao sofrer o acidente com um animal peçonhento, as pessoas não devem fazer torniquete no local da picada ou colocar qualquer produto na região. É interessante que a região da picada fique em repouso, dificultando a absorção do veneno. Lave o local com água e sabão e procure atendimento médico. Em acidentes nos braços, mãos, pernas e pés, o melhor é retirar acessórios que possam levar à piora do quadro, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados.
Em caso de dúvidas, as vítimas devem ligar para o telefone 192, do Samu, e solicitar orientações.
Cuidados:
– Manter a residência e arredores sempre limpos, já que lixo e entulhos podem servir de abrigo e fonte de alimentação;
– Afastar e limpar atrás de móveis e quadros;
– Sacudir as roupas antes de vestir;
– Verificar o interior dos sapatos antes de calçar;
– Não deixar roupas penduradas na parede;
– Manter as camas afastadas da parede;
– Não mexer em colmeias e vespeiros;
– Vedar frestas e buracos de paredes, assoalhos, forros e rodapés.
Outras orientações são utilizar telas vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos e combater insetos, principalmente baratas, já que são alimentos para escorpiões e aranhas.
Quem vive ou trabalha em áreas rurais deve estar sempre com luvas e botas quando entrar em matas e plantações.
De acordo com o Ministério da Saúde, os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil são algumas espécies de serpentes, escorpiões, aranhas, lepidópteros (mariposas e suas larvas), himenópteros (abelhas, formigas e vespas), coleópteros (besouros), quilópodes (lacraias), peixes e cnidários (águas-vivas e caravelas). Esses animais possuem presas, ferrões, cerdas, espinhos entre outros, capazes de envenenar as vítimas.