Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de junho de 2022
Além da Petrobras, as principais empresas ligadas a commodities na bolsa recuaram, como Vale, Gerdau, CSN e PetroRio.
Foto: ReproduçãoAs ações da Petrobras operam entre as principais quedas do Ibovespa nesta sexta-feira (17), refletindo tanto um contexto negativo no mercado, com queda generalizada de ativos, quanto temores sobre possíveis interferências na estatal e sua política de preços.
A ação ordinária da estatal (PETR3) fechou com queda de 7,25%, cotada a R$ 32,27. Já o papel preferencial (PETR4) tinha queda de 6,09%, a R$ 29,08. Por volta das 15h, as ações chegaram a registrar perdas de 10%. Além da Petrobras, as principais empresas ligadas a commodities na bolsa recuaram, como Vale, Gerdau, CSN e PetroRio.
Nesta sexta-feira, a estatal anunciou novos reajustes nos preços da gasolina e do diesel, justificados pela alta defasagem em relação aos preços internacionais e o consequente risco de desabastecimento devido à queda nas importações.
A gasolina subiu 5,18%, ou R$ 0,15 por litro, enquanto o diesel tem acréscimo no preço de 14,26%, equivalente a R$ 0,63 por litro.
Segundo fontes, o conselho de administração da estatal decidiu pelo aumento em reunião na quinta-feira (16), marcada por divergências entre os conselheiros.
O anúncio foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que a Petrobras “pode mergulhar o Brasil num caos” e destacando que o governo federal, enquanto acionista majoritário da empresa, é contra qualquer aumento nos preços dos combustíveis.
Petróleo
O desempenho da empresa acompanha o de outras petrolíferas pelo mundo, que recuam junto com a queda de mais de 5% no preço do petróleo devido a uma expectativa de desaceleração da economia e demanda menor, e das bolsas como um todo, com a saída de investimentos em meio a alta de juros em diversas economias.
Em comunicado, a Ativa Investimentos afirma que “entendemos que a ação foi desenvolvida por lideranças que estão de saída da companhia, o que impede a dissolução das assimetrias referentes ao tema para os próximos meses”.
Para a corretora, “ainda que as questões políticas intensifiquem as assimetrias e contribuam para uma maior queda do papel, a motivação principal para o movimento baixista segue sendo a adaptação dos mercados a nova realidade conjuntural deflagrada pelos últimos números de atividade e preços divulgados de forma global”.