Terça-feira, 19 de novembro de 2024
Por Carlos Roberto Schwartsmann | 24 de abril de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Tenho uma filha linda que mora em Sydney. Um sobrinho mora em Genebra, outro em Lisboa e recentemente uma sobrinha foi convocada pela multinacional para trabalhar e morar em Ohio.
Todos dias ao perguntar sobre a “história familiar” do paciente, escuto: “Meu filho mora nos EUA, meu neto mora na Europa!”.
Várias vezes me questionei: “Por que nossos filhos estão indo embora? Por que estão abandonado o país mais rico e bonito do mundo? Por que este êxodo? O que está errado aqui?”.
Acho que as melhores palavras que definem esta triste situação são: desesperança e insegurança.
Nosso hino diz: “Deitado eternamente em berço esplêndido…”. Será que não vamos acordar nunca?!
Precisamos melhorar substancialmente nosso desenvolvimento educacional, econômico e social.
Em termos financeiros o nosso Produto Interno Bruto (PIB) não é ruim. Somos a sétima maior economia do mundo, mas nosso índice de desenvolvimento humano (IDH) estaciona na 89ª posição mundial. Só isso desnuda a nossa incapacidade de distribuir riqueza para o nosso povo. Provavelmente é reflexo do nosso vergonhoso desempenho na EDUCAÇÃO.
A posição do Brasil no programa internacional de avaliação de alunos (PISA) é a 65ª. Evidentemente o baixo investimento reflete nesta medíocre colocação.
Pesquisa DataFolha, em capitais brasileiras, concluiu que 76% dos jovens gostariam de deixar o País.
Hoje já são quase 5 milhões de brasileiros na diáspora.
No exterior existem melhores perspectivas e melhores possibilidades de viver em segurança.
Viver num país seguro significa passear a noite, dirigir com os vidros abertos! Viver a vida sem pensar em roubos, assaltos e assassinatos.
Segundo o instituto de pesquisas aplicada (IPEA) em 2023 ocorreram 822 mil casos de estupro no Brasil. Um a cada minuto!
São roubados 1000 carros por dia!
No ano passado foram assassinados 47.722 pessoas. Se considerarmos que 70.000 Ucranianos morreram em 2 anos de conflito e 34 mil Palestinos sucumbiram em Gaza, viver no Brasil é mais perigoso que viver numa guerra!
Nossa justiça é morosa, seletiva, burocrata e ineficaz. Nos presídios permitimos saidinhas e visitas íntimas?!
Sequer tomamos decisões sobre a maioridade penal ou prisão em segunda instância.
Quando voltaremos a ter esperança e segurança?!
Hoje vivemos tristes! O clima é de desesperança e insegurança! Acorda Brasil!
(Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e Professor universitário)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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