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Carlos Roberto Schwartsmann Acorda Brasil: desesperança e insegurança

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Tenho uma filha linda que mora em Sydney. Um sobrinho mora em Genebra, outro em Lisboa e recentemente uma sobrinha foi convocada pela multinacional para trabalhar e morar em Ohio.

Todos dias ao perguntar sobre a “história familiar” do paciente, escuto: “Meu filho mora nos EUA, meu neto mora na Europa!”.

Várias vezes me questionei: “Por que nossos filhos estão indo embora? Por que estão abandonado o país mais rico e bonito do mundo? Por que este êxodo? O que está errado aqui?”.

Acho que as melhores palavras que definem esta triste situação são: desesperança e insegurança.

Nosso hino diz: “Deitado eternamente em berço esplêndido…”. Será que não vamos acordar nunca?!

Precisamos melhorar substancialmente nosso desenvolvimento educacional, econômico e social.

Em termos financeiros o nosso Produto Interno Bruto (PIB) não é ruim. Somos a sétima maior economia do mundo, mas nosso índice de desenvolvimento humano (IDH) estaciona na 89ª posição mundial. Só isso desnuda a nossa incapacidade de distribuir riqueza para o nosso povo. Provavelmente é reflexo do nosso vergonhoso desempenho na EDUCAÇÃO.

A posição do Brasil no programa internacional de avaliação de alunos (PISA) é a 65ª. Evidentemente o baixo investimento reflete nesta medíocre colocação.

Pesquisa DataFolha, em capitais brasileiras, concluiu que 76% dos jovens gostariam de deixar o País.

Hoje já são quase 5 milhões de brasileiros na diáspora.

No exterior existem melhores perspectivas e melhores possibilidades de viver em segurança.

Viver num país seguro significa passear a noite, dirigir com os vidros abertos! Viver a vida sem pensar em roubos, assaltos e assassinatos.

Segundo o instituto de pesquisas aplicada (IPEA) em 2023 ocorreram 822 mil casos de estupro no Brasil. Um a cada minuto!

São roubados 1000 carros por dia!

No ano passado foram assassinados 47.722 pessoas. Se considerarmos que 70.000 Ucranianos morreram em 2 anos de conflito e 34 mil Palestinos sucumbiram em Gaza, viver no Brasil é mais perigoso que viver numa guerra!

Nossa justiça é morosa, seletiva, burocrata e ineficaz. Nos presídios permitimos saidinhas e visitas íntimas?!

Sequer tomamos decisões sobre a maioridade penal ou prisão em segunda instância.

Quando voltaremos a ter esperança e segurança?!

Hoje vivemos tristes! O clima é de desesperança e insegurança! Acorda Brasil!

(Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e Professor universitário)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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