Um acordo deve liberar a última área ocupada no traçado da duplicação da avenida Tronco, na Zona Sul de Porto Alegre. No local, além de moradias, funciona uma casa de religião.
As tratativas para a desocupação voluntária ocorreram na tarde de quarta-feira (29), quando também foram assinadas as escrituras públicas dos imóveis adquiridos por meio do pagamento do bônus-moradia para os habitantes da região.
Os moradores se comprometeram a sair espontaneamente assim que estiverem com a posse dos novos imóveis, o que deve ocorrer em até dez dias após a averbação das escrituras. A Procuradoria-Geral do Município obteve decisão judicial favorável e há mandado expedido para a retomada da área.
“Com esse acordo de desocupação voluntária, finalizamos um trabalho de vários anos para garantir todas as desocupações necessárias para a viabilização da obra. Em muitos casos, a solução foi alcançada de forma consensual, o que é uma marca da nossa gestão”, disse o procurador-geral do município, Roberto Silva da Rocha.
Ao longo dos últimos dez anos, a Procuradoria atuou em 200 processos de desapropriação e 16 ações de reintegração de posse para liberar as obras na via.
Dividida em quatro trechos e com investimento de R$ 129 milhões, as obras de duplicação da Tronco atingiram, no início deste mês, 55% de execução nos trechos 1 e 2 e 75% nos trechos 3 e 4. No total, mais de 70% do traçado de 6,5 quilômetros já está pronto para o tráfego.
A expectativa da prefeitura é de que a duplicação da Tronco, que é uma das chamadas “obras da Copa”, seja concluída até o final do ano que vem.