Ícone do site Jornal O Sul

Acúmulo de resíduos dificulta tratamento na Estação Moinhos de Vento, em Porto Alegre

A operação da ETA (Estação de Tratamento de Água) Moinhos de Vento, do Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos), está com vazão reduzida desde a sexta-feira (24). O motivo é o acúmulo de lixo que está chegando com a água na Ebab (Estação de Bombeamento de Água Bruta) Moinhos de Vento, além da turbidez da água.

“O lixo e o excesso de areia e terra que estão chegando com a água do Guaíba impedem que o tratamento seja realizado na mesma velocidade, com a mesma vazão usual. E o tratamento mais lento faz com que os reservatórios demorem mais a terem o nível necessário para os bombeamentos e a distribuição da água tratada aos bairros do sistema”, afirma o diretor-geral do Dmae, Mauricio Loss.

No final de semana, foi necessário o desligamento de duas Ebats do sistema Moinhos de Vento: Bordini e 24 de Outubro. A Ebat 24 de Outubro foi religada no final da noite de domingo (26), normalizando o abastecimento durante a madrugada desta segunda-feira (27), para os bairros Bela Vista, Bom Fim, Independência, parte do Moinhos de Vento, Rio Branco, Santa Cecília e Petrópolis.

A Ebat Bordini continua desligada aguardando o restabelecimento do nível necessário para o funcionamento do bombeamento e distribuição de água para os bairros Bela Vista, Moinhos de Vento, Auxiliadora e Mont’Serrat.

As enchentes que atingem Porto Alegre há quase um mês deixaram nas ruas da capital um volume extraordinário de sujeira, transformando áreas públicas em lixões a céu aberto. Pedaços de móveis, eletrodomésticos, restos de comida e toda sorte de objetos destruídos pela tragédia viram “montanhas” nas esquinas, na frente das casas e do comércio. Na última sexta-feira (24), o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) informou que até o dia anterior haviam sido retiradas 7.370 toneladas de resíduos das calçadas.

Todo o lixo está sendo encaminhado a um aterro emergencial a 22 quilômetros de Porto Alegre, em funcionamento desde quarta-feira. Especialistas concordam com a destinação diante do cenário de emergência, mas ressaltam a necessidade de transferência dos materiais para local adequado após o auge da crise, sob risco de contaminação do solo e lençol freático.

O departamento de limpeza informa que uma força-tarefa com cerca de 800 garis atua nos serviços de limpeza dos bairros mais afetados pela cheia do Guaíba, conforme as águas vão baixando. Mas com vários pontos da cidade ainda submersos, as equipes só trabalham aonde é possível chegar, como Menino Deus, Cidade Baixa e Centro Histórico.

Sair da versão mobile