Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 9 de março de 2025
Ao apresentarem suas respostas à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por uma suposta tentativa de golpe de Estado, alguns dos alvos da investigação já apresentaram nomes de testemunhas para serem ouvidas caso a acusação seja aceita e uma ação penal for aberta. Os nomes incluem integrantes do governo de Jair Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros seus, além de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
Os denunciados não precisam apresentar justificativa para suas testemunhas. A indicação ainda terá que ser aceita por Moraes, que é relator do caso.
Ao apresentar a denúncia, a PGR também indicou testemunhas, como o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica).
Alguns nomes aparecem em mais de uma lista: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também apontou Freire Gomes e Baptista Junior, que relataram à Polícia Federal (PF) uma reunião na qual Bolsonaro teria apresentado uma proposta para reverter o resultado da eleição.
Os advogados de Bolsonaro também incluíram o general Júlio Arruda, comandante do Exército no início do governo Lula, mas que foi demitido menos de um mês depois. O ex-presidente também indicou o senador Hamilton Mourão (Republicanos-DF), que foi seu vice-presidente, e três ex-ministros: Tarcísio de Freitas, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ).
Mourão também foi indiciado pelo ex-ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), que ainda apontou seu ex-colega de ministério Marcelo Queiroga (Saúde).
Freire Gomes e Baptista Junior também aparece na lista do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, a quem eram subordinados. Ele ainda incluiu seu sucessor na pasta, José Múcio Monteiro.
O tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo apontou Alexandre de Moraes, alegando que ele foi vítima da trama investigada, e Flávio Dino, por ele ter sido ministro da Justiça durante os atos golpistas do 8 de janeiro. Seus advogados também incluíram o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o seu ex-ministro do GSI Gonçalves Dias.
O denunciado que mais apontou testemunhas até agora foi o ex-assessor presidencial Marcelo Câmara, que listou 32 nomes. Entre eles, a ex-vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo, que atuou na gestão de Augusto Aras no órgão, e o delegado da Polícia Federal Fabio Schor, responsável pela investigação que levou à denúncia. As informações são do portal O Globo.