Quarta-feira, 05 de março de 2025
Por Redação O Sul | 5 de março de 2025
Alexsandro Alves Gunsch é acusado de matar a companheira e personal trainer Débora Michels.
Foto: Reprodução/InstagramO julgamento de Alexsandro Alves Gunsch, acusado de assassinar a personal trainer Débora Michels Rodrigues da Silva, ocorre nesta quinta-feira (6). A vítima, de 30 anos, foi encontrada sem vida em 26 de janeiro de 2024, em frente à residência de seus pais, na cidade de Montenegro, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O réu, de 48 anos, ex-companheiro da vítima, encontra-se preso preventivamente na Penitenciária Estadual de Canoas I (Pecan I). Ele responde por homicídio qualificado, com as agravantes de feminicídio, motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
A defesa de Gunsch, representada pela advogada Daniela Schneider Couto, argumenta que a morte foi consequência de uma discussão entre o casal, que teria resultado em agressões, culminando no óbito de forma acidental.
O Ministério Público, por outro lado, sustenta que o crime foi premeditado e teria ocorrido devido à insatisfação do acusado com o fim do relacionamento. O promotor de Justiça Paulo Eduardo de Almeida Vieira destacou o impacto emocional nos familiares da vítima, especialmente pelo fato de o corpo ter sido deixado na frente da casa dos pais da jovem.
A sessão do tribunal do júri será conduzida pela juíza Débora de Souza Vissoni, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Montenegro. No julgamento, serão ouvidas sete testemunhas, sendo três de acusação e quatro de defesa. A decisão final caberá ao conselho de sentença, composto por sete jurados.
De acordo com a denúncia do MP, Gunsch teria matado Débora por esganadura dentro da residência do casal, por volta das 3h da manhã de 26 de janeiro. Após a vítima perder os sentidos, ele teria transportado o corpo até a casa dos pais dela, deixando-o enrolado em um cobertor. O laudo necroscópico confirmou que a causa da morte foi asfixia mecânica.
O acusado foi preso preventivamente dois dias depois do crime. Em depoimento à polícia, teria relatado que a discussão entre os dois resultou em agressões mútuas. Segundo a investigação, Gunsch afirmou que empurrou Débora contra um móvel, fazendo com que ela perdesse a consciência. Ele teria tentado levá-la para atendimento médico, mas, ao perceber que não apresentava sinais vitais, decidiu abandoná-la na calçada, em frente à casa dos pais dela.
A defesa do acusado sustenta a tese de que a morte não foi intencional e aguarda a análise de um perito para contestar o laudo oficial. “A defesa segue com a mesma linha, de que houve uma briga entre o casal que ocasionou na agressão que, por fato fortuito, ocasionou o óbito. A defesa aguarda a oitiva do perito que confeccionou a necropsia, contraditando com laudo confeccionado por perito particular que refere causa diversa diante do histórico médico da vítima e seu estilo de vida.”
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