Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de janeiro de 2023
Os atos golpistas em Brasília ocorridos no último domingo (8), erodiram o que ainda restava de apoio ao governador afastado do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha, no MDB. Ao dar guarida a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o ex-secretário Anderson Torres, Ibaneis ficou isolado em seu partido, que aderiu à base do governo Lula.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Com a barbárie de domingo, em que Ibaneis foi acusado de negligência, o quadro piorou. O governador recebeu críticas públicas, o que pode lhe custar caro caso avance um processo de impeachment, como aventa a oposição.
“É inadmissível a postura dele. Se os secretários não agem, o chefe deve fazê-lo. Ser filiado ao mesmo partido não me impede de dizer as coisas como elas são”, disse Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), vice-presidente do Senado.
Sob reserva, governadores atribuem a conduta de Ibaneis no episódio a uma atrapalhada tentativa de conquistar o eleitorado bolsonarista, majoritário no Distrito Federal. “Ele é mais vítima do que protagonista nessa história. Tentou se equilibrar e acabou se complicando”, diz um deles.
Veneziano afirma que ele mesmo alertou Gustavo Rocha, o chefe da Casa Civil de Ibaneis, na manhã de domingo, sobre o risco de invasão ao Congresso. O chefe da segurança do Legislativo pediu a sua ajuda para intervir com o governo do DF, já que Ibaneis é do MDB – Veneziano estava presidindo o Senado nas férias de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).