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Adeus, Paris: pela quarta vez em mais de 40 anos, o futebol masculino do Brasil não se classifica para uma Olimpíada

Derrota para a Argentina no domingo adiou o sonho da terceira medalha de ouro nos Jogos. (Foto: Joilson Marconne/CBF)

A Seleção Brasileira de futebol masculino está de fora dos Jogos de Paris (2024). Jogando no domingo (11) em Caracas, na Venezuela, o escrete verde e amarelo foi derrotado por 1 a 0 para a Argentina, em confronto pela rodada final do Pré-Olímpico. Depois de 1980, 1992 e 2004, esta será a quarta Olimpíada sem a presença da “Canarinho” – desde 1960, as equipes têm que garantir a vaga por meio de torneios classificatórios.

Antes, de 1900 (segunda edição das Olimpíadas) a 1956, era só se increver. Mesmo assim, o Brasil participado somente de Helsinque, na Finlândia (1952).

Ganhador da Medalha de Ouro nas duas últimas edições dos Jogos, o Brasil encerrou a sua participação no quadrangular final com três pontos (uma vitória e duas derrotas), sendo ultrapassado pelos argentinos, classificados para Paris com cinco pontos. Já a outra vaga é do Paraguai, que se tornou campeão do torneio classificatório, com 7 pontos. O título foi obtido com uma vitória de 2 a 0 sobre a anfitriã Venezuela (estagnada em 1 ponto).

Além de Paraguai e Argentina, já carimbaram o passaporte olímpico a França (anfitriã) e os seguintes times, por continente: Espanha, Israel e Ucrânia (Europa), Marrocos, Egito e Mali (África), República Dominicana e Estados Unidos (Américas Central, do Norte e Caribe) e Nova Zelândia (Oceania).

O Brasil do técnico Ramon Menezes teve em campo Mycael; Khellven, Arthur Chaves, Lucas Fasson, Rikelme (Giovane), Andrey Santos, Alexander, Gabriel Pirani (Bruno Gomes), Maurício  (John Kennedy), Guilherme Biro (Gabriel Pec) e Endrick (Marquinhos).

Já a Argentina, com o comando de Javier Mascherano, escalou Brey; Lujan, Marcos Di Cesare (Garcia), Nicolás Valentini, Valentín Barco, Sforza, Ezequiel Fernández, Medina (Echeverry), Almada, Gondou (Quirós) e Santiago Castro (Solari). 

A partida teve no apito o árbtitro Christian Garay (Chile), auxiliado por Miguel Svigilky, Juan Santibanez (Chile) e Leodan González (Uruuguai).

Duelo

O escrete verde e amarelo se classificaria com um vitória e teria grande chance com empate, mas estaria fora em caso de derrota. Pois o pior aconteceu, com uma cabeçada de Gondou aos 33 minutos o segundo tempo.

Ramon Menezes surpreendeu colocando no banco John Kennedy (herói do título do Fluminense contra o Boca Juniors na final da Libertadores) para a entrada de Biro. A modificação deixou a Seleção mais recuada, tendo no ataque apenas Endrick, do Palmeiras.

Outra alteração foi voltar com Alexsander, do Fluminense, para o meio e Rikelme de volta à lateral. Com a alteração, Gabriel Pec, do Vasco, também foi para o banco.  Tirando um chute de Alexsander raspando a trave direita do goleiro Brey, o Brasil não assustou.

Já a Argentina foi dominante, teve maior posse (60%), buscou muitos cruzamentos na área brasileira e criou a melhor chance com uma falta de Almada na trave.

O segundo tempo mostrou um Brasil apático em campo. Aos 13 minutos, Ramon Menezes, enfim mexeu e colocou John Kennedy e Gabriel Pec. Os dois deram novo ânimo ao time. Kennedy puxou três bons ataques. Pec perdeu a chance de ouro do Brasil. A bola rebateu na área e sobrou limpa para o jogador que bateu rasteiro, no canto esquerdo de Brey que fez a defesa da partida e jogou a bola para escanteio.

Ramon parecia satisfeito com o empate. O Brasil só não avançaria se a Venezuela vencesse o Paraguai  por um gol de diferença. Então, o treinador decidiu tirar Endrick, astro da equipe.

Mas a Argentina manteve a pressão e, enfim, estufou a rede. Barco cruzou na área e Gondou no meio da zaga, subiu e marcou. O Brasil, foi para o desespero e não levou mais gols por causa de grande defesa de Mycael em chute de Almada e da trave em chute de Barco.

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