Os principais jornais do mundo repercutiram o adeus à lenda do futebol brasileiro Mario Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos. Único tetracampeão mundial na história do futebol, ele estava internado no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, desde o dia 26 de dezembro. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos.
Além de clubes e personalidades do País, a morte de um dos maiores ídolos do esporte tomou conta dos portais dos veículos de comunicação internacionais. “Morreu Zagallo, a lenda do futebol que ganhou a Copa do Mundo como jogador e que em 1970, como técnico, levou Pelé à Glória”, disse o The Guardian, da Inglaterra.
Nos Estados Unidos, o Washington Post publicou uma foto de Zagallo ao lado de Pelé: “Mario Zagallo, campeão da Copa do Mundo como jogador e treinador do Brasil, morre aos 92 anos”. Já os britânicos da BBC publicaram a matéria com o título “Mario Zagallo: Brasileiro quatro vezes campeão da Copa do Mundo morre aos 92 anos”.
O Diario Olé, da Argentina, destacou as participações do “Velho Lobo” em quatro das cinco Copas do Mundo conquistadas pela seleção brasileira. “(Zagallo) foi campeão do mundo como jogador e treinador, algo que apenas Franz Beckenbauer e Didier Deschamps também conseguiram”, lembrou.
Na Espanha, o Marca destacou a carreira de Zagallo com as camisas de Flamengo e Botafogo, e a origem de sua famosa superstição com o número 13: “Originou-se de sua mulher, devota de Santo Antônio, cujo dia é celebrado em 13 de junho no calendário das festividades católicas”.
Os diários Mundo Deportivo, AS e El País também lamentaram a morte do brasileiro. “Ele foi ídolo de gerações, uma eminência global no mundo do futebol e um dos treinadores e jogadores mais importantes na história do futebol brasileiro”, escreveu o último.
O italiano La Gazzetta dello Sport também descreveu Zagallo como o “senhor das Copas”. Após vencer dois mundiais como jogador, em 1958 e 1962, ele assumiu o comando da seleção brasileira em 1970, consagrando-se campeão com um 4 a 1 diante da Itália. Em 1994, como coordenador técnico de Parreira, conquistou novamente o torneio sobre a Azzurra, nos pênaltis dessa vez.
“Em torneios mundiais, desempenhando diferentes papéis, ninguém conquistou tantos como ele”, enalteceu o jornal. Já o francês Le Figaro disse que Zagallo foi o “escultor do jogo bonito, alma do futebol brasileiro”.