Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de março de 2016
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta quinta-feira (10) que o eventual adiamento das medidas anunciadas pelo governo federal para tirar o País da crise econômica tornará “inevitável” a adoção de “soluções mais drásticas” no futuro. As medidas vêm enfrentando resistência inclusive entre os partidos da base aliada.
Barbosa, que participou de evento comemorativo aos 30 anos do Tesouro Nacional, em Brasília, deu a declaração após defender a reforma da Previdência e a das metas do governo para este ano. “O adiamento do enfrentamento desses problemas [da economia brasileira] vai tornar inevitável a adoção de soluções mais drásticas no futuro próximo, o que não é bom para ninguém”, disse o ministro.
Durante seu discurso, Barbosa defendeu que o governo adote tanto medidas de curto prazo quanto promova reformas. Em seguida, disse que as propostas do governo procuram “consenso” para resolver os problemas da economia e que abrangem sugestões do PT e do PMDB. “A nossa proposta reflete pontos apontados pelos dois principais partidos de apoio ao governo: envolve ações de curto prazo para estabilizar a renda e o emprego, como propõem várias lideranças do PT, e envolve também a adoção de reformas estruturais, para tornar o orçamento menos rígido e controlar as despesas, como propõem várias lideranças do PMDB. É uma proposta que procura consenso, meio termo, para resolver todos os nossos problemas”, declarou.
O governo tenta emplacar uma reforma da Previdência Social. Além disso, a equipe econômica também informou que vai enviar ao Congresso uma reforma fiscal que tornaria a meta de superávit primário mais flexível, mas que também tentaria conter gastos públicos nos próximos anos. (AG)