A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) avisou pelo menos seis vezes ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) que Paulo Sérgio de Lima, responsável por sequestrar um ônibus no Rio de Janeiro, violou o uso da tornozeleira eletrônica. Ele manteve 17 pessoas reféns e feriu outros duas a tiros.
Lima afirmou na delegacia que tinha ligação com o Comando Vermelho. Segundo ele, durante uma briga, baleou um traficante da Rocinha, área também de domínio da facção, e com medo, decidiu fugir para Minas Gerais. O ônibus sequestrado tinha o Estado como destino. Ele ainda alegou que atirou por achar que estava sendo cercado por policiais.
O sequestrador estava em regime aberto, em prisão domiciliar desde fevereiro de 2022. Em outubro do mesmo ano, ele deixou o item descarregar e não voltou a ativá-lo, sendo que, desde então, estava sem monitoramento da Justiça.
Após o sequestro, a Vara de Execuções Penais determinou que Lima regrida para o semiaberto, pois “cometeu falta grave ao descumprir as condições da prisão domiciliar, uma vez que violou o monitoramento eletrônico sem apresentar justificativas”, diz a decisão do juiz Cariel Bezerra Patriota.
O magistrado também afirma que somente na terça (12), é que “teve oportunidade de decidir no processo”.