Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Lair Ribeiro | 15 de novembro de 2020
A cada dia que passa, vamos alterando nossa percepção sobre o tempo.
Foto: PixabayEsta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Estamos submetidos ao poder do tempo do momento em que nascemos até aquele em que morremos. Calculamos a idade do nosso corpo pelo tempo biológico, e o tempo transcorrido desde o nosso nascimento, pelo tempo cronológico. Mas, na maioria das vezes, temos resultados diferentes para uma mesma pessoa que, cronologicamente, pode ter 60 anos de idade, e seu corpo, apenas 40, ou vice-versa. Pelo tempo cronológico, também, organizamos nossas tarefas cotidianas, mas nem sempre obtemos a mesma produtividade com a mesma quantidade de tempo.
A cada dia que passa, com o avanço da tecnologia e as novas descobertas nos campos da Ciência e da Medicina, vamos alterando nossa percepção sobre o tempo. Há 500 anos, a esquadra de Cristóvão Colombo demorou alguns meses para cruzar o Oceano Atlântico. Hoje, o mesmo percurso é feito algumas horas em um avião supersônico. Os avanços também agilizam sistemas de produção. Em muitos setores da indústria, máquinas substituíram a força de trabalho humana, imprimindo um ritmo muito mais intenso à produção. A relação hora/máquina é crucial no custo dos produtos. Nos setores administrativos das corporações, como o trabalho está cada vez mais na cabeça das pessoas, pode-se dizer, paradoxalmente, que a jornada de trabalho aumentou e o tempo foi ficando cada vez mais escasso.
Para muita gente, as 24 horas de um dia não são mais suficientes, mas há quem faça em doze horas o que a maioria não faz em 36! E nisso reside o perigo, pois, diante das necessidades nem sempre reais da vida moderna, algumas pessoas acreditam que precisam fazer tudo ao mesmo tempo. Essas pessoas vivem correndo, mas dificilmente atingem seus resultados, pois acabam se perdendo no meio do caminho e ficam apenas dando voltas. Para lidar com o tempo, é preciso definir prioridades.
Se, para viajar, começarmos por acomodar frasqueiras e sacolinhas no porta-malas do carro, a mala grande, certamente, terá de ir no banco de trás!
Não adianta querer controlar o tempo. É preciso controlar as atividades. Elas é que consomem tempo e podem ser remanejadas para que atividades mais importantes sejam feitas primeiro. E para encaixar suas atividades no tempo disponível é preciso planejar. Isso é óbvio, mas não é fácil de cumprir. O importante é aprender a usar corretamente as ferramentas de controle de tempo, como agendas e softwares específicos.
Ao organizar sua agenda, seja flexível. Afinal, compromissos podem ser cancelados e outros podem surgir, havendo a necessidade de absorvê-los, conforme sua importância. Com flexibilidade, você antecipa a solução para o que poderia ser um problema e evita situações estressantes. Seja bem organizado. Programe sua agenda com uma semana de antecedência. No domingo à noite, por exemplo, anote os compromissos que terá durante a semana, já prevendo eventuais alterações e, depois, faça atualizações diárias, incluindo, alterando ou excluindo itens à medida que forem sendo cumpridos e/ou modificados.
Sua vida tem de caber no seu tempo. Mas a sua vida toda: trabalho, família, amigos e lazer. O simples fato de incluir família, amigos e lazer na sua agenda fará com que você se sinta comprometido a dar-lhes mais de atenção.
Aprenda a definir prioridades, aprenda a delegar e, para não ficar a mercê do tempo, faça planos! O ser humano foi criado para viver em movimento; mas, para isso, é preciso saber os pontos de partida e de chegada para traçar o itinerário. Sem isso, restará sempre a sensação de que o tempo passou e você não conseguiu acompanhar.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.