Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A maioria das crianças, quando pequenas, sonha em ser policial, bombeiro, médico ou qualquer outra profissão que tenha como objetivo salvar e proteger vidas. À medida que crescemos, a idolatria passa a ser de pessoas que nem sequer sabem da nossa existência – muitas dessas, ainda, transmitem um péssimo exemplo.
Essa mudança de valores e percepções ocorre devido a fortes influências de grupos sociais e à própria mídia, que, cada vez mais, tende a um lado que marginaliza, por exemplo, uma profissão tão heroica quanto a do policial. É inegável o sentimento de segurança quando nos deparamos com a presença desses trabalhadores que, mesmo sob condições adversas, estão ali primando por zelo, honestidade e correção de infratores. A perda da admiração dá-se pela exacerbação da atitude de alguns poucos profissionais que, como em qualquer outra profissão, se desvirtuam e acabam por não executar suas tarefas de forma correta.
Pessoas esclarecidas têm a consciência de que a maioria das matérias publicadas nos últimos anos reflete interesses de grupos que estão no poder e que a exploração da polícia para vender jornais só serve para disfarçar escândalos de corrupção. O padrão explorado por alguns veículos de comunicação é considerar a ação dos agentes da lei como violência gratuita e desproporcional, fomentando uma construção identitária extremamente injusta dessa classe que tanto faz por nossa segurança.
Apesar do que muitos dizem e creem, os heróis existem e estão mais perto do que nós imaginamos. Eles têm nome, família, pagam suas contas e, diariamente, enfrentam sequestradores, assassinos, estupradores e assaltantes para que a sociedade possa produzir e viver de forma segura. Devemos sempre reavaliar conceitos e buscar quebrar alguns paradigmas impostos, para que possamos enxergar pelo que de fato essa classe passa durante sua jornada de trabalho. Vamos mostrar com nossas atitudes que esperamos deles o seu melhor, o heroísmo. O sonho que outrora tivemos poderá se tornar realidade, afinal, ser cúmplice não é se tornar, mesmo que um pouco, o agente da ação?
Nina Mazzali, empresaria e associada do IEE.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.