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Saúde Adolescente britânico com doença raríssima morre após tomar shake de proteínas; entenda o caso

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O adolescente britânico Rohan Godhania, de 16 anos, ao lado da família. (Foto: Reprodução)

O caso de um adolescente com uma doença rara que morreu após tomar um shake de proteínas – categoria da qual faz parte o whey protein – vem levantando debate. No Reino Unido, o legista Tom Osborne defende que os produtos coloquem em seus rótulos um alerta sobre o risco de morte de consumidores. Ele apresentou um relatório nesta semana à Food Standards Agency, agência reguladora britânica, equivalente à Anvisa.

Na avaliação da nutricionista Priscilla Primi, colunista do jornal o Globo e mestre pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), a colocação do aviso no rótulo seria um exagero.

“O que oriento sempre é que o paciente só consuma esse tipo de bebida sob prescrição de um médico ou nutricionista. Só vamos fazer a indicação depois de avaliar o paciente, olhar seus exames, avaliar se há algum problema renal. Essa recomendação de só consumir com a orientação de médico e nutricionista já existe no rótulo. Mas colocar que existe risco de morte acho que é muito exagero”, pondera.

Entenda o caso

Em 2020, o adolescente britânico Rohan Godhania, de 16 anos, morreu três dias depois de consumir um suplemento de proteína. Após consumir a bebida, o rapaz começou a passar mal e foi levado por seus pais ao hospital. Ele sofreu um dano cerebral irreversível provocado por intoxicação.

Os pais de Rohan compraram o suplemento após serem convencidos que o filho precisava desenvolver músculos para melhorar a postura.

O adolescente tinha deficiência em ornitina carbamoiltransferase (OTC), uma doença genética, rara e grave que afeta o ciclo da ureia, comprometendo a excreção de amônia e provocando toxicidade ao organismo. No entanto, o problema só foi descoberto depois de sua morte.

O shake de proteínas provocou uma elevação da quantidade de amônia no corpo do jovem, levando a uma intoxicação severa. Enquanto esteve no hospital, não foram feitos exames que poderiam identificar a reação, o que possibilitaria o tratamento de Rohan.

A família do adolescente autorizou o transplante de seus órgãos. Meses depois, a pessoa que recebeu o fígado do rapaz começou a ter quadros de convulsões. Uma biópsia foi feita no órgão transplantado e foi constatado que o Rohan tinha OTC.

A doença afeta um em cada 50 mil recém-nascidos, sendo mais comum em meninos, já que a condição está associada ao cromossomo X. Segundo National Institutes of Health (NIH), dos EUA, aproximadamente 10% das mulheres portadoras da deficiência apresentam sintomas.

Segundo o NIH, os principais sintomas da deficiência em ornitina carbamoiltransferase (OTC) em recém-nascidos são:

– Taquipneia (respiração acelerada);

– Vômito;

– letargia no primeiro dia de vida.

Em crianças e pessoas maiores os sintomas são:

– Letargia;

– Perda de apetite;

– Dores de cabeça matinais;

– Confusão.

As informações são do jornal O Globo.

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