Ícone do site Jornal O Sul

Adolescente britânico é condenado a 11 anos de prisão por esfaquear professor

Uzomah foi apunhalado após discussão. (Foto: Reprodução)

Um menino de 14 anos foi condenado nessa segunda-feira a 11 anos de prisão por esfaquear, por motivos racistas, um professor da Academia Dixons Kings, em Bradford, no Norte da Inglaterra, em 11 de junho. Na frente do tribunal, a vítima Vicente Uzomah, 50 anos, perdoou publicamente o garoto, que no Facebook se vangloriou do que tinha feito.

O adolescente passará seis anos em regime fechado em um centro de menores e os outros cinco sob vigilância em regime aberto. O menino tinha contado a um amigo sobre seu plano violento, no qual utilizou uma faca de cozinha para atacar o professor na escola, para mais tarde relatar de forma “doentia” sua atuação nas redes sociais, de acordo com o promotor Jonathan Sharp.

Há “provas claras” de que o adolescente agrediu Uzomah porque é negro, segundo a sentença. O jovem, por sua vez, negou que sua intenção fosse matar, mas admitiu que causou lesões corporais graves ao professor de maneira proposital, além de gritar insultos racistas.

Ele apunhalou o professor após uma discussão sobre seu telefone celular, segundo os depoimentos das testemunhas. O juiz Durham Hall, que esteve à frente da causa, o descreveu como capaz de perder o “controle” e um “pistoleiro” que “não podia tolerar uma bronca”. Sobre a postagem que o garoto fez no Facebook, que recebeu 69 “curtidas”, o magistrado disse que é “um reflexo terrível de um pequeno sistema da sociedade”.

Perdão

Após a sentença, Uzomah disse que, como cristão, perdoava o jovem e sua família. Contudo, ressaltou que era importante o cumprimento da lei para passar a outros jovens de perfis similares “uma forte mensagem” que a violência é inaceitável.

“Rezamos para que ele faça uso das oportunidades e do apoio para se transformar em uma pessoa diferente e contribua para a sociedade”, concluiu. Em mensagem em seu site, a Academia Dixons Kings afirmou que este foi um crime impactante e os jovens têm de enfrentar as consequências de suas ações. “Estamos muito contentes que o senhor Uzomah esteja tendo uma boa recuperação”, enfatizou a instituição. (Efe)

Sair da versão mobile