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Rio Grande do Sul Adolescente que matou policial civil em cidade gaúcha cumprirá três anos de internação socioeducativa

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Daniel Abreu Mendes, 40 anos, foi baleado ao chegar a residência para cumprimento de ordem judicial. (Foto: Reprodução)

A Justiça determinou três anos de internação ao garoto de 17 anos que matou um escrivão da Polícia Civil, em janeiro, durante operação contra o tráfico de drogas na cidade gaúcha de Butiá (Região Carbonífera). Acompanhado de outros colegas, o agente participava do cumprimento de mandado de prisão contra uma mulher de 26 anos, companheira do adolescente.

O prazo em questão é o máximo permitido pela legislação brasileira para menores de idade em cumprimento de medida socioeducativa. A solicitação havia partido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), incluindo a recomendação – também aceita – do impedimento de atividades externas durante o período.

No embasamento do pedido está a gravidade dos atos infracionais, análogos a uma série de crimes. Na lista constam  homicídio qualificado, seis tentativas de homicídio qualificado (contra os demais policiais da ofensiva), posse ilegal de arma-de-fogo e munições, além de associação para o tráfico de drogas.

“Foi importante a rápida resposta da Justiça, inclusive no que se refere à manutenção da internação provisória caso haja recurso da defesa”, ressalta o promotor Marcelo Fischer. É dele e da colega Laura de Castro Silva Mendes a solicitação encaminhada à Justiça. “Quem atira em policiais atenta contra o Estado Democrático de Direito e casos assim devem receber uma resposta contundente.”

Laura, por sua vez, chama a atenção para o fato de que “a repercussão do caso, envolvendo atos infracionais de extrema gravidade, em sua maioria cometidos contra agentes de segurança em serviço, ainda é sentida e certamente será lembrada na cidade”.

Relembre o caso

Daniel Abreu Mendes, 40 anos, entrava na residência do adolescente e da mulher na manhã de 21 de janeiro quando foi recebido com dois tiros de pistola com a numeração raspada e dotada de dispositivo para disparar rajadas, como se fosse uma submetralhadora. O escrivão chegou a ser socorrido, mas morreu em seguida, deixando esposa e filha. Natural do Espírito Santo, ele havia ingressado na corporação em 2023 e atuava na Delegacia de Guaíba.

(Marcello Campos)

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