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Mundo Adversários já traçam estratégia contra Donald Trump

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Democratas querem usar fracasso republicano nas eleições legislativas para atacar ex-presidente. (Foto: Reprodução)

Após o esperado e incendiário anúncio de que o ex-presidente Donald Trump tentará voltar à Casa Branca, as forças políticas dos EUA começaram a fazer seus cálculos para o próximo ciclo eleitoral. Do lado democrata, surgem estratégias para desgastar Trump e aproveitar o fraco desempenho de seus aliados nas eleições legislativas. Entre os republicanos, alguns possíveis adversários acertam as bases para o que promete ser uma campanha difícil.

O principal movimento no Partido Democrata deve ser visto no começo do ano que vem, quando o presidente Joe Biden vai anunciar se concorrerá novamente. Segundo assessores ouvidos pelo New York Times, ele está disposto a um segundo mandato, apesar de pesquisas mostrarem que a maior parte dos democratas quer um nome diferente.

As muitas menções a Biden no discurso de Trump em Mar-a-Lago podem consolidar a ideia de que o presidente democrata já o derrotou uma vez, sendo capaz de fazê-lo novamente — para isso, assessores e conselheiros já estão montando estratégias.

A começar pelo argumento de que Trump é uma ameaça à democracia e de que o republicano, ao contrário do que vem pregando desde que saiu do cargo, não proporcionou benefícios ao povo americano, tampouco reforçou o papel de liderança do país no mundo.

Horas antes de Trump começar a falar, a conta de Biden no Twitter publicou um vídeo zombando do ex-presidente e promovendo feitos do atual governo, como o trilionário pacote de infraestrutura. Durante a fala, Biden publicou um outro vídeo intitulado “Donald Trump falhou com os EUA”, com imagens do ataque ao Capitólio, em janeiro do ano passado.

Segundo o New York Times, os ataques devem se intensificar com lembranças a medidas consideradas discriminatórias aprovadas pelos republicanos em Assembleias Legislativas estaduais, além de decisões controversas da Suprema Corte, como a revogação do direito constitucional ao aborto, viabilizadas por magistrados indicados por Trump — o tema, apontam analistas, influenciou os democratas a obterem resultados acima do esperado nas eleições legislativas.

Outros candidatos serão atacados, mas Trump, destacaram os democratas, terá um papel central.

Disputa interna

Apesar do fracasso do partido como um todo, mas especialmente do ex-presidente em concretizar a chamada “onda vermelha” nas urnas, Trump ainda é a liderança mais poderosa na sigla. Por isso, o anúncio da candidatura fará com que outros nomes à Presidência pensem duas vezes antes de confirmarem presença no que devem ser duras e agressivas primárias.

A começar por aquele que foi apontado como o grande vencedor republicano das eleições da semana passada, o governador reeleito da Flórida, Ron DeSantis. O republicano conseguiu avançar em faixas do eleitorado em que Trump não teve bom desempenho em 2020, como entre os latinos, e ele não se esforça em esconder as rusgas com o ex-presidente.

Outro provável adversário, o ex-vice-presidente Mike Pence, não falou diretamente sobre o longo discurso, mas vem recebendo um espaço privilegiado na imprensa americana nos últimos dias por conta do lançamento de seu novo livro.

Ele tem evitado falar sobre o caráter daquele que é um inimigo declarado, mas destinou alguns golpes. Entre eles, a acusação de que Trump, ao incitar seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021, e de não fazer nada para interromper o ataque ao Capitólio, pôs a vida do próprio Pence, além de sua família e de todos no prédio, em risco. Na terça, disse ao New York Times que “os republicanos terão escolhas melhores”.

O partido também se preocupa com o impacto sobre a campanha do Senado na Geórgia, onde Herschel Walker, apoiado pelo ex-presidente, disputará o segundo turno contra o democrata Raphael Warnock, atual ocupante da vaga. No primeiro turno, Walker teve um desempenho bem inferior ao do governador republicano, Brian Kemp, que conseguiu se descolar do ex-presidente.

Após o discurso de Trump, que parecia saído da campanha de 2016, analistas veem riscos em uma disputa que parecia favorável ao republicano — alguns assessores tentaram convencê-lo a adiar o anúncio, sem sucesso. Apesar da disputa pelo Senado já estar definida, com a manutenção da Casa com os democratas, uma nova derrota seria um golpe no trumpismo.

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