A AGU (Advocacia-Geral da União) entrou com uma ação na Justiça Federal, na sexta-feira (03), para pedir que os financiadores dos atos extremistas realizados em 8 de janeiro, em Brasília, sejam condenados ao pagamento de R$ 100 milhões por danos morais coletivos.
De acordo com a AGU, a ação envolve 54 pessoas físicas, três empresas, uma associação e um sindicato que teriam financiado o fretamento de ônibus para transportar os manifestantes radicais para a capital federal. Os alvos da ação também foram processados por danos materiais estimados em R$ 20 milhões.
A AGU sustenta que, além dos prejuízos materiais gerados, os envolvidos violaram valores jurídicos estabelecidos com o Estado Democrático de Direito. “Os atos foram praticados em desfavor dos prédios federais que representam os Três Poderes da República, patrimônio tombado da humanidade, com a destruição de símbolos de valores inestimáveis, deixando a sociedade em estado de choque com os atos que se concretizaram no fatídico 8 de janeiro de 2023”, argumentou o órgão.
Até o momento, a AGU protocolou cinco ações na Justiça para cobrar todos os prejuízos causados durante a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília e obteve o bloqueio de bens e contas para garantir o ressarcimento aos cofres públicos.