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Advogado de Shakira diz que cantora perdeu muito dinheiro por relacionamento com Piqué

O casamento entre Shakira e Piqué terminou em 2022. (Foto: Alex Pantling/Getty Images)

O advogado da cantora Shakira, Pau Mollins, afirmou que o relacionamento dela com o ex-zagueiro Gerard Piqué gerou um prejuízo milionário a ela. A informação foi publicada pelo portal Leo Dias, que informou que as declarações dele foram dadas à rádio catalã RAC 1.

Segundo Mollins, foram gastos 130 milhões de dólares (R$ 637 milhões na cotação atual) durante os dez anos de relacionamento entre o ex-casal. Esta quantia leva em consideração as despesas e também às idas dela à Espanha.

O advogado ainda aproveitou e fez uma comparação com o atual zagueiro do Sevilla e ex-rival de Piqué no Real Madrid, Sérgio Ramos. “Se ela tivesse se apaixonado por Sergio Ramos teria custado menos dinheiro”, brincou.

Mollins comentou, ainda, as acusações de fraude fiscal contra a cantora colombiana. “Ela não estava tentando enganar ninguém, não estava fazendo isso para se esconder. Como residente, ela pagou grandes quantias de dinheiro entre multas e impostos. Portanto, o tratamento midiático tem sido injusto e ainda mais se Shakira tivesse vivido na Catalunha: podes ir para a cadeia por um crime que é impossível acontecer contigo em Madrid, porque não há imposto sobre heranças”, comentou.

A cantora colombiana foi acusada de fraude fiscal, por não ter pago impostos durante alguns dos anos em que viveu com o ex-jogador na cidade de Barcelona. Ela admitiu as acusações de fraude fiscal no valor de 14,5 milhões de euros entre os anos de 2012 e 2014. As informações são do jornal espanhol El País.

Assim, foi feito um acordo que reduziu bastante sua pena: agora, terá de pagar 7,3 milhões de euros (cerca de R$ 39 milhões na cotação atual) e os três anos de prisão serão substituídos pelo pagamento de uma multa no valor de 432 mil euros (cerca de R$ 2,3 milhões na cotação atual). Inicialmente, o Ministério Público havia pedido oito anos e dois meses de prisão e multa de 23,5 milhões de euros, o que daria, atualmente, cerca de R$ 126 milhões.

Causas pendentes

Molins está satisfeito com o fato de o acordo satisfazer sua cliente, mas lamenta em parte não ter sido capaz de “lutar com as espadas levantadas no julgamento”. Ele acredita que poderia ter demonstrado, como fez com Sito Pons, que Shakira não poderia ser considerada residente fiscal naqueles anos, apesar das provas recolhidas pela Agência Tributária. O advogado lutou sem sucesso para excluir o exercício financeiro de 2012 da decisão, o que teria sido bom para um segundo assunto que a cantora ainda tem pendente em Espanha, apesar do seu desejo de deixar esses problemas para trás e esquecer sua temporada em Barcelona.

A Agência Tributária a multou por ter sonegado impostos na Espanha também em 2011, ano em que obteve lucros extraordinários a turnê mundial de seu álbum “Sale el sol”. Diferentemente do que aconteceu depois, isso não chegou à esfera criminal, apenas administrativa. Shakira teve de pagar multa de 60 milhões de euros para poder recorrer num caso que descreve como “absurdo”. Embora a decisão sobre a fraude de 14,5 milhões de euros implique o reconhecimento de que vivia na Espanha desde 2012, não terá qualquer efeito nesse recurso, uma vez que já se espera que o Tribunal Nacional se pronuncie.

Shakira também enfrenta um segundo processo criminal por suposta fraude fiscal na Espanha, que acaba de começar. O Ministério Público apresentou queixa contra ela por evasão no pagamento de seis milhões de euros em impostos em 2018 através de uma “rede de empresas” que lhe permitiu “simular” a transferência dos seus direitos musicais para empresas fantasmas. Shakira evitou assim incluir uma parte dos rendimentos milionários obtidos graças ao álbum “El Dorado”, que naquele ano a levou a realizar 53 shows na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina. Molins prevê que este processo tem um “bom prognóstico”. O Ministério Público, por enquanto, solicitou à Interpol que seja notificada da denúncia e da intimação. É previsível que, desta vez, ela se declare sob investigação em Miami e não tenha que viajar para uma Barcelona que, pessoalmente e em termos fiscais, só lhe dá más notícias.

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