O advogado do general Braga Netto, José Luis Oliveira Lima, partiu para o ataque à delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que implicou o seu cliente em um suposto plano de golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder.
O defensor chamou Cid de “mentiroso contumaz” e defendeu uma acareação entre os dois militares. Ele ainda descartou a possibilidade do general fechar uma colaboração premiada.
“Ele não praticou crime algum. (…) Como é que pode dar credibilidade a uma fala de um sujeito que mentiu o tempo inteiro e estava desesperado”, afirmou Lima em entrevista à Globonews.
Braga Netto está preso preventivamente desde 7 de dezembro sob suspeita de ter atuado para atrapalhar as investigações sobre a trama golpista. No inquérito, o general foi indiciado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
No último dia 24, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes negou o pedido da defesa para soltar Braga Netto. Segundo o magistrado, não não havia fato novo que justificasse o afrouxamento da medida cautelar.
Em nota, a defesa de Braga Netto classificou a decisão como “previsível”, mas destacou que “não há nenhuma prova” que a fundamente.
“A decisão do Ministro de manter a custódia do General era previsível, apesar de a defesa entender que não há absolutamente nenhuma prova que justifique a sua prisão. Vamos aguardar o julgamento do agravo pela Turma”, afirmou Lima. (As informações são do jornal O Globo)