Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 27 de dezembro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O advogado Frederick Wassef, experiente no acompanhamento de processos criminais, tem analisado minuciosamente todo o caso de Adélio Bispo, que tentou assassinar o presidente Jair Bolsonaro em 6 de setembro de 2018, e não tem dúvidas: “ele foi contratado para matar Jair Bolsonaro. Membros da esquerda brasileira, comunistas e socialistas, determinaram a morte de Bolsonaro para que o outro lado pudesse se perpetuar no poder”. Wassef, que tem enfrentado uma série de denúncias buscando afetar sua credibilidade profissional, não desiste do caso e lembra que, se Adélio tivesse obtido êxito e assassinado Jair Bolsonaro, “Fernando Haddad seria eleito presidente do Brasil. É assim que a esquerda criminosa atua. Estamos falando de uma organização criminosa muito poderosa e sofisticada. Quando Adélio foi preso, encontraram dois notebooks, vários cartões de crédito com ele, dinheiro em espécie. Pessoas que estavam na pensão com ele foram mortas, como no caso Celso Daniel. Havia vários indícios de participação de outras pessoas”. Wassef analisou a audiência de custódia de Adélio Bispo e outros documentos, e conclui que “Ele não tem transtorno. Basta assistir à audiência de custódia de Adélio Bispo para se ter certeza disso. Ali estava falando para uma juíza federal. Você percebe que não só ele é normal, como ele é inteligentíssimo, lúcido e foi devidamente preparado e instruído para contar aquela história que se encaixa perfeitamente na narrativa da esquerda”.
Logística milionária à disposição da defesa do assassino
Ao portal Brasil Sem Medo, Frederick Wassef recupera os fatos logo após a prisão de Adélio Bispo. Tirem suas conclusões: “Em tempo real, advogados saem de Belo Horizonte, pousam em Juiz de Fora, com uma aeronave particular, prontamente se oferecem para ser advogados dele. Eu posso dizer algo que eu comentei quando obtive vitória no TRF-1: poucos sabem, mas quando os advogados chegam à Polícia Federal, onde Adélio estava preso, diante do delegado da PF, um dos advogados diz: ‘Sua mãe que me contratou para vir aqui’. O Adélio riu na cara do advogado e disse que sua mãe estava morta há mais de dez anos. Depois o advogado disse que foi uma igreja que o contratou, o que ficou comprovado ser mentira. Depois, em entrevista, disse que uma rede de televisão o contratou. Esse advogado mentiu pelo menos três vezes à polícia para justificar por que estava ali. E quem bancou o avião particular? Como é que se decola assim tão rápido com uma aeronave? Para uma decolagem, existe necessidade de autorização da torre, há todo um procedimento… Não é como um carro que você pega e sai dirigindo. Já havia uma equipe, um staff já montado para se algo desse errado, com o receio de que Adélio não cumprisse o acordo, como muitas vezes fazem os criminosos, comprometendo os demais membros da quadrilha. Por isso houve toda essa estrutura e eficiência. Os indícios e as provas apontam para uma só direção: tudo foi planejado e arquitetado para matar o Presidente da República”.
Delegado que investigou caso Adélio ganha promoção com Lula
O delegado que investigou a facada de Adélio Bispo em Bolsonaro, Rodrigo Morais Fernandes, terá cargo chave na Polícia Federal na gestão Lula. Ele assumirá a diretoria de Inteligência da PF a partir de janeiro. Os dois inquéritos abertos pelo delegado para apurar a facada não comprovaram a teoria de Bolsonaro de que o atentado ocorreu por encomenda. Segundo as investigações conduzidas por Fernandes, Adélio Bispo agiu sozinho.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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