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Aerolíneas Argentinas cancela mais de 200 voos

O chefe de gabinete da presidente Cristina Kirchner, Aníbal Fernández, afirmou que a estatal não vendeu passagens além da capacidade das aeronaves e atribuiu parte do problema ao excesso de demanda. (Foto: Paulo Liebert/AE)

O cancelamento de mais de uma centena de voos da Aerolíneas Argentinas provocou uma confusão nos aeroportos do país no início das férias de inverno.

Voos com destino ou partida para Rio de Janeiro e São Paulo também foram afetados.

Os jornais  informam que entre sábado (18) e a última terça-feira (21), foram cancelados 103 voos da companhia, que é administrada pelo governo argentino.

Na quarta-feira (22), a empresa teria informado o cancelamento de mais 122 frequências até o dia 30 de julho. O comunicado, entretanto, não aparece mais no site da Aerolíneas.

Sites jornalísticos, como o “Clarín” e o “Infobae”, reproduzem a lista, na qual constam oito voos cancelados entre Brasil e Argentina, entre esta quinta (23) e o próximo dia 30.

Político governista que concorreu e perdeu a eleição na cidade de Buenos Aires, o presidente da Aerolíneas, Mariano Recalde, afirmou que os atrasos e cancelamentos foram provocados pelo mau tempo em alguns destinos, como Iguazú e Bariloche.

Além disso, houve manutenção inesperada de aeronaves e conflitos com os trabalhadores.

Além da conta

A Federação Argentina de Pessoal Aeronáutico, por sua vez, responsabiliza a direção da empresa por ter programado mais voos do que era possível cumprir.

Segundo a própria Aerolíneas, o número de passageiros por dia aumentou de uma média de 25 mil para 35 mil nestas férias de inverno.

A empresa elevou ainda o número de rotas dentro do país, como um novo voo entre Iguazú e El Calafate, os dois extremos da Argentina, e novas frequências para Mar Del Plata, Bariloche, San Luis, Santiago Del Estero, Mendoza e para as cidades petroleiras.

Reestatizada no governo Kirchner, a Aerolíneas Argentinas é uma vitrine política para a  administração pública  neste ano de eleições presidenciais.

Em seus pronunciamentos, a presidente Cristina Kirchner costuma afirmar que há mais argentinos viajando de avião, como um sinal de melhora das condições de vida da população.

Nesta quinta-feira, o chefe de gabinete da presidente, Aníbal Fernández, afirmou que a estatal não vendeu passagens além da capacidade das aeronaves (overbooking) e atribuiu parte do problema ao excesso de demanda.

“O tema é que foram vendidos muitos voos, mais do que o esperado para estas férias”, revelou. Diante dos problemas técnicos e meteorológicos e com os voos lotados, segundo Fernández, “ficou impossível reacomodar os passageiros de uma forma rápida”. De acordo com  ele, a empresa está trabalhando para solucionar o problema. (Mariana Carneiro/Folhapress)

 

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