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Aeroporto de Brasília testa reconhecimento facial de passageiros

Programa "Embarque + Seguro", do governo federal, dispensa uso de documentos em papel. (Foto: Divulgação)

O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek participou de testes, na semana passada, para o uso do reconhecimento facial de passageiros. O terminal é o sexto do país a experimentar o programa “Embarque + Seguro”, do governo federal, que dispensa o uso de documentos em papel pelos passageiros.

Com a tecnologia, quem passa pelo aeroporto não precisa apresentar documento de identificação e nem o cartão de embarque. O programa é uma iniciativa do Ministério da Infraestrutura (MInfra) e foi desenvolvido pelo Serpro, em parceria com a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.

Antes de Brasília, o recurso foi testado nos aeroportos de Florianópolis (SC), Salvador (BA), Santos Dumont (RJ), Belo Horizonte (Confins) e Congonhas (SP). Ao todo, 157 voos e 2,6 mil passageiros voluntários já participaram da ação, segundo o secretário-executivo do Ministério, Marcelo Sampaio.

“Os testes começaram em outubro do ano passado e serão encerrados no próximo mês de setembro. Em Congonhas, Santos Dumont e Confins, o programa permanece em execução e, em Salvador e Florianópolis, a tecnologia está sendo atualizada. Após esse período, vamos focar nas tratativas para a implantação definitiva nos principais aeroportos do País”, diz Sampaio.

Ainda conforme o Ministério da Infraestrutura, “o objetivo é tornar mais eficiente, ágil e seguro o processo de embarque nos aeroportos”. Indicadores como redução no tempo em filas, no acesso à sala de embarque e à aeronave, além dos custos de operação fazem parte do estudo.

Como funciona?

Nos testes, os passageiros são convidados a participar do programa na hora em que chegam para o check-in. Se concordar, a pessoa recebe uma mensagem, no celular informado por ela, solicitando autorização para a obtenção de seus dados, que incluem CPF e uma foto. Utilizando o aplicativo do Serpro, o atendente da companhia aérea faz a validação biométrica do passageiro: ele compara os dados e a foto, tirada na hora, com as bases governamentais.

A partir da validação, o passageiro pode ir para o setor de embarque, passando por um ponto de controle biométrico. É nesse local que ocorre a identificação, por meio de reconhecimento facial, sem a necessidade da pessoa apresentar nenhum documento e nem o bilhete da companhia aérea.

E a proteção de dados?

O Serpro aponta que o programa atende a todos os preceitos da Lei Geral de Proteção de Dados. Segundo a empresa de tecnologia da informação do governo federal, os dados dos usuários são protegidos. “Os dados que precisam ser utilizados para o embarque com reconhecimento facial não são compartilhados com terceiros, e o passageiro tem que assinar um termo de consentimento para o uso”, diz o presidente do Serpro, Gileno Barreto.

Segundo Barreto, a tecnologia combina validação biométrica e análise de dados, “garantindo uma conferência precisa, ágil e segura da identidade dos passageiros, que, assim, podem viajar com mais conforto e tranquilidade”.

Para o presidente da Inframerica, concessionária responsável pelo Aeroporto de Brasília, os testes foram importantes pois o terminal funciona como “um grande centro de conexão de voos”. Segundo Jorge Arruda, “a tecnologia é sempre bem-vinda a partir do momento que pode garantir uma melhor experiência para os usuários”.

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