Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Cláudio Humberto | 29 de abril de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O envolvimento de sindicatos no esquema que surrupiou mais de R$6 bilhões de aposentados e pensionistas do INSS fez o governo frear as costuras para tentar ressuscitar o imposto sindical, sonho do ministro Luiz Marinho (Trabalho). Dentro do governo e da oposição, há a certeza de que o projeto não avança, “é um projeto de poder, de financiamento de aliados e de perpetuação desse esquema que beneficia poucos e prejudica milhões”, disse à coluna o deputado Evair de Melo (PP-ES).
Cabresto sindical
“Vamos trabalhar para enterrar de vez essa tentativa absurda de meter a mão no bolso do trabalhador”, diz Evair ao rejeitar o “cabresto sindical”.
Fim da democracia
Na mesma linha segue o deputado Osmar Terra (MDB-RS), que chama a contribuição obrigatória de escandalosa e antidemocrática.
Projeto terceirizado
O governo ensaiou apoiar uma proposta do deputado Luiz Gastão (PSD-CE). O plano era apresentar o projeto ainda neste semestre.
Tamanho do butim
Estudos que circulam entre deputados apontam que, uma vez vigorando, o imposto pode gerar renda na casa dos R$4 bilhões aos sindicatos.
Mariana: escritório britânico dá sinais de agonia
O escritório britânico de advocacia Pogust Goodhead (PG) faz de tudo para não perder mais clientes nas ações contra Vale e BHP na Europa. É que termina no fim de maio o prazo para que as pessoas físicas afetadas pela tragédia de Mariana façam opção pelo acordo no Brasil. Entre as cidades afetadas, 26 abandonaram as ações do PG. Quando os clientes abandonam o processo no exterior, cai o faturamento do PG na causa. E agrava mais a situação financeira do escritório, já à beira do abismo.
Faltando fôlego
O balanço de 2022 do PG, publicado em abril, com 18 meses de atraso, revelam dívida de curto prazo superior a 500 milhões de libras (R$3,8 bi).
Incerteza material
Enquanto se aguarda o balanço de 2023 desde setembro, auditores sinalizaram “incerteza material” sobre o fôlego do negócio para funcionar.
Com bolso forrado
Em meio demissões em Londres e no Brasil, a banca britânica é acusada de haver embolsado adiantamento de 4,24 milhões de libras (R$31,2 mi).
Motivação eleitoral
Novo patrocinador da CBF, a Jordan (marca da Nike) estreia mudando a cor da camisa da Seleção para vermelho, na Copa de 2026, em plena campanha eleitoral presidencial. Grave não é os lacradores da Nike fazerem a presepada, é a CBF vender o uso eleitoral da ex-canarinha.
Bandeira será vermelha
A mudança na cor da Seleção debocha da máxima conservadora de que “a bandeira do Brasil jamais será vermelha”. Parece que é esse o plano, a começar pelo enterro da camisa mais respeitada do futebol mundial.
Jane do Clezão
O STF o deixou morrer na Papuda, mas Clezão parece destinado a viver na memória da cidade. Já circula nos carros de Brasília o adesivo “Jane do Clezão”, referência à pré-candidatura da viúva, em 2026.
Auxiliar diligente
A decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, de protelar o projeto da isenção do Imposto de Renda foi interpretada por deputados como mais uma obediência a Lula: o governo não tem como bancar a promessa de campanha, nem o desgaste eventual por admitir o rombo nas contas.
EUA nos Brics
Apesar de não participar do encontro dos ministros do grupo dos Brics, que se realiza no Rio de Janeiro, esta semana, os Estados Unidos (e as tarifas de Donald Trump) dominam todas as mesas de discussões.
Passaporte
Taxadd viaja de novo, agora aos EUA e México, na sexta (2). Diz que vai atrás de investimentos. Ficará flanando até quarta (7), chega na quinta e, como petista não é de ferro, expediente garantido só na segunda (12).
Que escândalo?
Enquanto a PF colocava na rua o escândalo da gatunagem no INSS, Lula estava com os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social) definindo participação nos atos de 1º de Maio.
Encontro fortuito
Após o funeral do Papa, onde não se encontraram, os presidentes Trump e Lula podem se cruzar ainda este ano na 10ª Cúpula das Américas, da OEA, marcada para outubro, em Punta Cana, República Dominicana.
Responda rápido
Você compraria um carro usado de Carlos Lupi, ministro da Previdência?
PODER SEM PUDOR
Presidente muito doido
Eleito presidente, Jânio Quadros viajou à Europa no navio Aragon, acompanhado da mulher e da mãe. João Dantas, diretor do Diário de Notícias, do Rio, mandou o mestre Joel Silveira, seu melhor repórter, cobrir o passeio que seria relatado depois no seu livro “Viagem com o Presidente Eleito” (Mauad, Rio, 1996). A bordo, Joel ficou chocado com o “tom frio, isento” do presidente meio maluco, ao apresentar a própria mãe: “E esta é D. Leonor, minha mãe. Está com câncer já adiantado, irreversível. Tem talvez mais uns poucos anos de vida.”
(@diariodopoder)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Voltar Todas de Cláudio Humberto