Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de abril de 2016
A subcomissão processante da Comissão de Ética Parlamentar da Assembleia Legislativa do RS ouviu, nesta terça-feira (19), o depoimento de duas testemunhas ligadas às denúncias que envolvem o deputado Mário Jardel (PSD). Um depoente não compareceu para dar seu testemunho.
Na segunda-feira (18), a subcomissão iniciou a fase de instrução probatória do processo com a oitiva de três testemunhas. Outras duas, das cinco previstas, não compareceram.
O rito segue, apesar de a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa ter aceitado a solicitação de afastamento do parlamentar para tratamento de saúde, encaminhada pela defesa. Jardel estaria com depressão e deve ficar ausente por 30 dias, até 18 de maio.
Os depoimentos de hoje, ocorridos na sala José Lutzenberger, do Palácio Farroupilha, foram realizados na presença dos deputados Sérgio Turra (relator) e Jeferson Fernandes (PT), do advogado de defesa, Nedy de Vargas Marques, do procurador da Assembleia Legislativa e da secretária da Comissão de Ética.
Denúncia
O deputado e ex-jogador de futebol foi denunciado pelo MP (Ministério Público) por integrar um esquema com objetivo de obter vantagens financeiras, mediante a prática de crimes contra a administração pública, como peculato e concussão, além do uso de documentos falsos e da lavagem de dinheiro. Verbas públicas referentes a diárias fictícias foram desviadas. O gabinete de Jardel ainda manteria “funcionários fantasmas” e havia exigência de repasse de parte de salários e de verbas indenizatórias de servidores. Foram desviados cerca de R$ 212.203,75 entre abril e novembro de 2015.
O advogado e assessor parlamentar Christian Vontobel Miller, o chefe de gabinete Roger Antônio Foresta, o coordenador-geral de bancada do PSD, Ricardo Fialho Tafas, e o chefe de gabinete do líder da bancada do PSD, Francisco Demetrio Tafras, também são acusados de fazer parte do esquema.