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África do Sul volta a fechar bares e exige uso de máscaras para conter o coronavírus

A preocupação das autoridades sul-africanas é com uma nova variante do vírus causador da Covid-19 no país. (Foto: Reprodução)

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou nesta segunda-feira (28) a imposição de novas medidas para conter o coronavírus (Sars-CoV-2) como o fechamento de bares e a proibição de venda de bebidas alcoólicas. As medidas passam a valer a partir da meia-noite desta terça-feira (29).

A preocupação das autoridades sul-africanas é com uma nova variante do vírus causador da Covid-19 no país. Apesar da cautela, não há indícios ainda de que essa mutação prejudique as vacinas já descobertas contra a doença.

“O comportamento inconsequente das pessoas devido à intoxicação por álcool contribui para a maior transmissão”, afirmou Ramaphosa. “Acidentes e violência relacionados ao álcool têm colocado pressão sobre as emergências de nossos hospitais”, acrescentou.

Outras medidas tomadas pelo governo da África do Sul incluem: fechamento de piscinas e praias de cidades com alta transmissão. Extensão do toque de recolher — agora, das 21h às 6h e uso obrigatório de máscara em locais públicos, sob pena de multa ou prisão aos que descumprirem a regra.

Nova variante do coronavírus

A nova variante do coronavírus detectada na África do Sul parece ser transmitida mais rapidamente do que as cepas mais antigas, dizem os pesquisadores que a identificaram na África do Sul.

Isso não significa, no entanto, que a cepa seja mais letal ou leve a formas mais graves da Covid-19. Também não há indícios de que essa variante interfira na eficácia das vacinas. Ainda assim, é importante diminuir a transmissão do vírus para evitar que apareça, enfim, uma versão do Sars-CoV-2 que consiga driblar os imunizantes já desenvolvidos.

O ministro da Saúde da África do Sul negou que haja provas de que a nova variante seja mais contagiosa do que a descoberta no Reino Unido – cepa que também tem preocupado autoridades da Europa e do mundo, inclusive com restrições de viagens.

“Atualmente, não há provas de que a 501.V2 seja mais contagiosa que a variante do Reino Unido, como sugeriu o ministro britânico da Saúde”, afirmou Zwelini Mkhize em um comunicado.

“Também não há evidências de que esta provoque uma forma mais grave da doença ou aumente a mortalidade, em comparação com a variante do Reino Unido ou quaisquer das mutações identificadas em todo o mundo”, acrescentou.

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