Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2022
O lançamento ocorreu no Hotel Plaza São Rafael
Foto: DivulgaçãoA Ageflor (Associação Gaúcha de Empresas Florestais) lançou, na quarta-feira (30), um relatório de dados e fatos sobre o setor de base florestal do Rio Grande do Sul em 2022 (ano-base 2021).
De um total de 9,6 milhões de hectares de área plantada com cultivos florestais no Brasil, o Rio Grande do Sul é responsável por 935 mil hectares, sendo 592 mil hectares com eucalipto, 289 mil hectares com pinus e 50 mil hectares com acácia-negra, sendo esta 100% plantada em solo gaúcho.
Considerando as regiões dos Coredes (Conselhos Regionais de Desenvolvimento do estado do Rio Grande do Sul), destaque para a região sul, com 17,7% dos plantios do Estado, seguida pelo Vale do Rio Pardo (11,9%), Centro-Sul (11,3%) e região das Hortênsias (8,8%).
Os municípios que mais se destacam percentualmente com ocupação em relação à área total são Tabaí, com 4.365 ha (46,1%), Taquari, com 12.162 ha (34,8%), Paverama, com 5.323 ha (31%), e Balneário Pinhal, com 2.811 (27,5%).
Os plantios florestais estão presentes praticamente em todos os 497 municípios gaúchos, sendo que 492 deles contam com cultivos de eucalipto, 329 de pinus e 75 de acácia. Os municípios que se destacam são: Encruzilhada do Sul, responsável por 6,6% do total plantado, seguido de São Francisco de Paula (4,6%) e Piratini (4,3%).
O eucalipto ocupa a maior área plantada no Estado. Os principais produtores são os municípios de Encruzilhada do Sul (5,1% do total), Butiá (2,8%), Triunfo (2,8%) e São Gabriel do Sul (2,6%). Com relação ao cultivo de pinus, o destaque fica por conta de São Francisco de Paula, Encruzilhada do Sul, Cambará do Sul, Bom Jesus e São José do Norte, que têm plantações de 38 mil hectares, 21 mil hectares, 20 mil hectares, 19 mil hectares e 18 mil hectares, respectivamente.
Os cultivos de acácia-negra são mais restritos e representam apenas 5,4% dos plantios no Estado, distribuídos entre os municípios de Piratini (22,5%), Encruzilhada do Sul (18,9%), Canguçu (10,2%) e Jaguarão (5,2%).
Além dos dados de área plantada, o documento destaca indicadores socioambientais. De acordo com dados Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) para o ano de 2021, os 5.385 empreendimentos licenciados para atividades silviculturais são responsáveis pela conservação de 395 mil hectares, distribuídos entre Áreas de Preservação Permanente e Áreas de Vegetação Nativa.
O presidente da Ageflor, Luiz Augusto Alves, destacou que o relatório, apresentado no Hotel Plaza São Rafael, chega em um momento importante para o setor de base florestal gaúcho. “O papel das florestas plantadas como instrumento para mitigar os impactos das mudanças climáticas foram destacados na recente COP 27 pela atuação de diversas empresas florestais brasileiras. Há como exemplo a Tanac, que absorve sete vezes mais carbono que emite em suas operações”, declarou.