Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de julho de 2023
Estima-se que 61 mil pessoas podem ter morrido por conta das ondas de calor no ano passado apenas na Europa
Foto: ReproduçãoA Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU (Organização das Nações Unidas), alerta para o aumento do risco de mortes causadas pelo calor extremo que atinge a Europa, a Ásia e os Estados Unidos. Estima-se que 61 mil pessoas podem ter morrido por conta das ondas de calor no ano passado apenas na Europa.
Grandes áreas do sul e do leste europeu foram colocadas em alerta vermelho para onda de calor nesta terça-feira (18).
Com temperaturas escaldantes atingindo a Europa durante o pico da temporada de turismo no verão, a OMM salienta que a onda de calor no hemisfério norte deve se intensificar.
O centro de coordenação de resposta a emergências da União Europeia emitiu alertas vermelhos para altas temperaturas na maior parte da Itália, nordeste da Espanha, Croácia, Sérvia, sul da Bósnia e Herzegovina, e Montenegro.
As ondas de calor neste verão, com temperaturas acima de 53 °C no Vale da Morte na Califórnia, nos Estados Unidos, e mais de 52 °C no noroeste da China, coincidiram com incêndios florestais atingindo a região da Grécia aos Alpes suíços e inundações mortais na Índia e na Coreia do Sul.
A situação aumenta a urgência das negociações nesta semana entre Estados Unidos e China, os maiores poluidores e emissores de gases de efeito estufa do mundo.
“As temperaturas na América do Norte, Ásia, no norte da África e Mediterrâneo ficarão acima de 40 °C por um número prolongado de dias nesta semana, à medida que a onda de calor se intensifica”, disse a OMM.
As temperaturas mínimas durante a noite também devem atingir novos picos, criando o risco de aumento de casos de ataques cardíacos e mortes.
“Embora a maior parte da atenção se concentre nas temperaturas máximas durante o dia, são as temperaturas noturnas que apresentam os maiores riscos à saúde, especialmente para as populações vulneráveis”, afirmou a agência da ONU.
O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia afirma que 2021 e o ano passado foram os verões mais quentes que o continente já registrou. A temperatura mais alta já registrada na Europa, de 48,8 °C, ocorreu na Sicília há dois anos.