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Mundo Agência de notícias encurta processo, que demoraria semanas, para anunciar vencedor de eleições nos Estados Unidos

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Kamala Harris e Donald Trump são os candidatos à presidência dos Estados Unidos. (Foto: Reprodução)

Uma pergunta será feita repetidamente na noite do dia 5 de novembro, nos Estados Unidos: “quem venceu a eleição presidencial?”. Os norte-americanos não possuem um órgão que centraliza a apuração, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil. Daí que entra o papel da imprensa.

Há 178 anos, a Associated Press é uma das fontes mais confiáveis para contabilizar os votos das eleições nos Estados Unidos. Isso porque a agência reúne os dados de mais de 5 mil disputas eleitorais em todo o país e entrega informações precisas e padronizadas.

Como cada estado tem autonomia própria, o sistema de votação pode variar dentro dos Estados Unidos. Em algumas localidades, a votação acontece em cédulas de papel, enquanto outros possuem urnas eletrônicas. Também é possível votar pelo correio.

Diante dessa complexidade, a apuração dos votos nos Estados Unidos pode demorar dias, com cada estado fazendo a sua própria contagem. Ou seja, pode ser que o público só conheça quem será o novo presidente dias depois da eleição.

Segundo a Associated Press, apenas uma análise cuidadosa e completa de todos os dados eleitorais pode determinar quem será o vencedor. A agência também costuma fazer projeções para indicar quem foi o candidato mais votado em cada estado antes mesmo da apuração ser concluída.

A AP não faz diretamente a contagem manual do voto depositado nas urnas. Esse trabalho é realizado pelas autoridades eleitorais locais que administram as eleições de cada estado dos EUA.

Segundo a Constituição dos Estados Unidos, as regras das eleições são definidas por cada um dos estados. Contando o Distrito de Colúmbia, onde fica Washington D.C., são 51 conjuntos de normas diferentes para a realização das eleições.

Em New Hampshire, os resultados das eleições podem ser oficialmente certificados alguns dias após a votação. Já na Califórnia, o processo de tabulação leva várias semanas, e os resultados finais não são disponibilizados até o início de dezembro.

Além disso, o modo como os dados são disponibilizados varia de localidade para localidade. Em algumas jurisdições não são divulgados os percentuais de votos totais, por exemplo. Lembrando que o voto nos EUA não é obrigatório.

A contagem de votos da AP é um esforço para dar sentido a todas essas informações.

“O que estamos fazendo é costurar todos os totais de votos de milhares de condados e cidades em todo o país em um formato único e padronizado, para que os eleitores tenham acesso ao total geral de votos para uma disputa”, afirma o presidente da agência, David Scott.

Declaração de vencedores

A eleição presidencial dos Estados Unidos acontece por meio do Colégio Eleitoral. Nesse sistema, cada estado norte-americano tem um peso diferente e pode ser decisivo.

Em tese, vence as eleições quem tiver 270 dos 538 delegados que compõem o Colégio Eleitoral. A Califórnia, por exemplo, tem 54 delegados. Já o Texas, tem 40. O candidato que for o mais votado em um estado leva todos os delegados da área, mesmo que vença por apenas um voto.

Em 2016, Hillary Clinton foi a candidata mais votada nas eleições em âmbito nacional, mas foi derrotada por Donald Trump na soma do Colégio Eleitoral.

Na apuração dos votos, a Associated Press pode declarar o vencedor em um estado antes mesmo de 100% dos votos serem contados.

Para isso, um time de análise faz a contagem de dados que garantem que o candidato que está liderando a disputa não pode mais ser ultrapassado. Para isso são levados em consideração: andamento da apuração; combinação do histórico de votos; dados demográficos; e dados de pesquisas da AP.

Mesmo em disputas acirradas, comparar os padrões de votação atuais com os das eleições anteriores pode fornecer pistas importantes. Por exemplo, se um candidato democrata estiver obtendo resultados melhores do que o partido teve nas eleições anteriores — em locais onde venceu — isso pode indicar uma vitória mais folgada no pleito deste ano.

Por outro lado, se o candidato republicano estiver indo melhor ou, até mesmo, liderar em um local com tradição democrata, isso pode indicar uma disputa muito acirrada ou uma virada. Os dados demográficos também ajudam a esclarecer a contagem de votos. Por exemplo, variações em relação às tendências estaduais podem ser explicadas por alterações dentro de um grupo específico, como eleitores hispânicos ou brancos sem diploma universitário. As informações são do G1.

 

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