Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de fevereiro de 2020
Diretor-geral da ANP manifestou preocupação, no entanto, com a continuidade da operação com equipes de contingência nas unidades da empresa
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilO diretor-geral da ANP (Agência do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Décio Oddone, disse nesta sexta-feira (14) que a greve dos petroleiros não produziu impacto sobre a produção de petróleo e derivados da Petrobras. Oddone manifestou preocupação, no entanto, com a continuidade da operação com equipes de contingência nas unidades da empresa.
“A Petrobras está trabalhando com equipes de contingência. Por isso, nos manifestamos com a preocupação de que, se essa situação perdurar por muito tempo, pode ter um impacto”, afirmou, evitando especificar o tempo de duração que poderia ser preocupante. “São equipes menores, não são as equipes que estão normalmente na plataforma. São equipes adicionais. Não é uma situação normal.”
A agência reguladora enviou ofício ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) para manifestar a preocupação, e sua procuradoria estuda entrar como parte interessada nos processos que envolvem a greve iniciada no dia 1º de fevereiro.
Os petroleiros protestam contra descumprimentos do acordo coletivo de trabalho e contra possíveis demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná, que pode ser fechada pela Petrobras. A Federação Única dos Petroleiros calcula que mil trabalhadores serão demitidos.
Uma decisão do TST, confirmada pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, determinou que 90% dos trabalhadores continuem trabalhando durante a greve, mas a estatal afirma que esse percentual não está sendo cumprido.