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Agência Espacial Europeia desiste de tentar recuperar satélite

Após análise de uma falha no radar do satélite Sentinel-1B, a ESA concluiu que será impossível recuperar o componente. (Foto: Reprodução)

Em um comunicado publicado nesta semana, a Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou que irá encerrar as tentativas de retomar o funcionamento do radar de abertura sintética (ou “SAR”), instalado no satélite Sentinel-1B. A decisão foi tomada junto da Comissão Europeia, parceiros dos satélites Copernicus, voltados para a observação da Terra.

O radar do satélite falhou em dezembro do ano passado e, desde então, a ESA vinha tentando recuperá-lo. Após investigar o problema, os especialistas concluíram que a falha aconteceu em função de problemas em dois reguladores de tensão, sendo que um é necessário para o componente funcionar. O mais provável é que o problema foi resultado de um possível vazamento em um capacitor cerâmico.

O capacitor é parte dos dois reguladores, e precisou ser substituído durante a produção e testes da carga útil – contudo, o substituto parece ter sido soldado de uma forma que teria causado danos. Assim, o Comitê de Análises de Anomalias concluiu que é impossível recuperar a alimentação dos componentes eletrônicos do radar.

O satélite Sentinel-1B funcionava em conjunto com o satélite Sentinel-1A, proporcionando imagens SAR com resolução mais fina, que podem ter diferentes aplicações em ciências da Terra. O Sentinel-1A segue operacional, mas tem o mesmo “defeito” no sistema de energia de sua carga útil. Felizmente, uma investigação da ESA mostrou que o sistema do Sentinel-1A não teve problemas desde seu lançamento, e seguirá sendo monitorado.

Apesar da falha no radar, o “veículo” Sentinel-1B segue operacional. A curto prazo, a ESA e a Comissão Europeia vão trabalhar com dados SAR obtidos de outros satélites, como o Radarsat-2, do Canadá. Um substituto, o satélite Sentinel-1C, deverá ser lançado no primeiro semestre do ano que vem por um foguete Vega-C, por meio de um contrato fechado com a Arianespace.

“Espaguete” em Marte

A Nasa descobriu a origem de um curioso objeto fotografado no solo de Marte, que parece um punhado de espaguete. Segundo Justin Maki, cientista de imagens e investigador principal adjunto do Mastcam-Z no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, trata-se de destroços do equipamento usado

Após o pouso o equipamento de EDL, incluindo a plataforma SkyCrane, que baixou o rover até a superfície, foi descartado. E parte dele se quebrou em pedaços menores quando atingiu a superfície.
“Esses pedaços de detritos do EDL foram vistos em imagens da região de Hogwallow Flats, um local a cerca de 2 km a noroeste da zona onde o EDL caiu”. Alguns destes detritos são bem grandes, como parte da carenagem e paraquedas que foram encontrados pelo Perseverance em abril. Outros pedaços são pequenos e leves o suficiente para serem arrastados pelo vento por vários quilômetros.

“Até agora, vimos pedaços brilhantes de material de manta térmica, material de rede de Dacron que também é usado em mantas térmicas e um material semelhante a cordas que concluímos ser um provável pedaço de rede de Dacron triturada”. Este “material semelhante a cordas” é o que ficou mundialmente conhecido como o “espaguete marciano”.

Em um artigo no blog oficial da missão Mars 2020, Maki descreve outros pedaços do equipamento de EDL encontrados pelo Perseverance, como parte de uma manta térmica. E relembra situações similares, como a descoberta do escudo de calor do rover Opportunity, junto com uma mola, em 2004.

“Com a melhoria contínua da tecnologia das câmeras, as equipes de imagem em missões futuras poderão identificar mais prontamente os detritos de EDL nas imagens. Os engenheiros que projetam hardware EDL para futuras missões precisarão considerar o impacto (literalmente) de seus projetos em Marte e nos requisitos da missão”, disse Maki. A preocupação é a possibilidade, remota, de que esse material contamine amostras de solo marciano que, no futuro, serão trazidas à Terra.

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