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Agência Nacional de Energia Elétrica avalia reajustar tarifas de sete distribuidoras que apontam prejuízos

Companhias citam, por exemplo, perda de faturamento por redução de mercado e aumento da inadimplência. (Foto: Reprodução)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está analisando pedido de aumento nas tarifas de sete distribuidoras de energia espalhadas pelo país.

As companhias solicitaram a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro após perdas de receita causadas pela pandemia da Covid. As empresas apontam, por exemplo, perda de faturamento por redução de mercado e aumento da inadimplência dos consumidores.

No último dia 14, a Aneel reconheceu a admissibilidade dos pedidos. Agora, vai analisar o mérito – ou seja, se os contratos devem ser ajustados para recompor perdas causadas pela pandemia.

As sete distribuidoras que passarão pela análise são:

Neoenergia Pernambuco (antiga Celpe, PE)
Neoenergia Coelba (BA)
Neoenergia Cosern (RN)
Copel (PR)
Enel Rio de Janeiro (RJ)
Light (RJ)
Neoenergia Brasília (DF)

As demais distribuidoras não solicitaram a revisão. Era preciso que as empresas entrassem com o pedido até meados de maio.

A possibilidade de revisão dos contratos por perdas de receita causadas pela pandemia foi prevista no decreto que criou a “Conta-Covid”, um empréstimo feito ao setor elétrico em 2020 para socorrer dos impactos causados durante a crise do coronavírus.

Impacto tarifário

A eventual aprovação do reequilíbrio dos contratos pode trazer impactos tarifários aos consumidores de energia atendido por essas distribuidoras.

Segundo a Aneel, uma vez aprovada a revisão, as concessionárias terão direito a “componente financeiro de reequilíbrio econômico-financeiro”, que incidirá no processo tarifário ordinário de cada concessionária.

As distribuidoras de energia passam por revisões tarifárias anuais. As datas variam conforme a data de aniversário do contrato de concessão de cada empresas. Nessas revisões, é estabelecido o reajuste da tarifa de energia.

Seis das sete distribuidoras que solicitaram o reequilíbrio dos contratos passam por revisão tarifária no primeiro semestre do ano. Ou seja, eventual impacto tarifário ficaria para 2023. Já a Neoenergia Brasília passa pela revisão tarifária em outubro.

O mérito do pedido das sete distribuidoras será analisado pela área técnica, passará por consulta pública e, depois, será votado pela diretoria colegiada da agência.

Por isso, diz a Aneel, a eventual aprovação “não gera efeitos tarifários de imediato” ao consumidor, mas somente no “próximo processo tarifário ordinário de cada concessionária”.

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