Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2015
Há pouco menos de um ano, cerca de duas semanas depois dos atentados de janeiro ao semanário Charlie Hebdo e ao mercado judáico, em Paris (França), as cinco maiores agências norte-americanas de inteligência, associadas com os serviços britânicos, passaram a trabalhar junto com a ampla Seção Antiterrorismo da França. Subordinada à Procuradoria-Geral, a unidade é um centro de coordenação que reúne as forças armadas e os departamentos civis encarregados de combater ações de extremistas.
A combinação dos recursos significou, como foi anunciado pelo gabinete do presidente François Hollande, “a união dos mais notáveis esforços multilaterais a guerra ao terror”, afirmou.
Na prática, passariam a trabalhar na coleta de dados e repressão aos movimentos radicais internacionais milhares de especialistas servidos por redes de escuta e monitoramento com uma capacidade planetária.
A perplexidade diante desse quadro monumental começava a ser desenhada a partir da reunião do gabinete de crise convocada por Hollande. Como não foi possível ao bilionário dispositivo montado por três potências mundiais detectar os preparativos desse atentado?
A reação à pior agressão sofrida pela cidade desde a Segunda Guerra foi rápida. O Ministério do Interior deslocou 1,5 mil militares e 500 policiais para a capital. A busca em dispositivos digitais de imagens faciais será fundamental. O equipamento é capaz de isolar suspeitos até por meio dos gestos e das expressões. (AE)