O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem uma agenda intensa neste mês, com viagens a três países – Índia, Cuba e Estados Unidos – e a expectativa por definições da reforma ministerial e dos substitutos do procurador-geral da República, Augusto Aras, e da ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber.
No fim deste mês, Lula passará por uma cirurgia no quadril. O presidente sofre de artrose e convive com fortes dores.
Desfile militar
Na quinta-feira (7), em Brasília, Lula voltará a participar como presidente da República de um desfile de 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil.
O tradicional desfile cívico-militar será realizado na Esplanada dos Ministérios, com previsão de início às 9h. Cerca de 2 mil militares devem desfilar. O Palácio do Planalto projeta público de 30 mil espectadores. O tema do desfile será “Democracia, soberania e união”.
G20 na Índia
Após o desfile, Lula embarcará para Nova Délhi, na Índia, onde participará, no fim de semana, da cúpula de chefes de Estado e de governo do G20. O grupo reúne ministros da Economia e presidentes dos Bancos Centrais de 19 países e da União Europeia. Juntas, essas nações representam cerca de 80% de toda a economia global.
O Brasil assumirá a presidência rotativa do G20 em 2024. À frente do grupo, Lula pretende priorizar temas como preservação ambiental, transição energética e combate à miséria.
Cuba
Lula também fará a sua primeira visita a Cuba neste mandato. O presidente participará no dia 16, em Havana, do encontro do G-77, um grupo de países em desenvolvimento. A expectativa é de que Lula se reúna com o colega cubano Miguel Díaz-Canel.
ONU
Lula deve seguir de Havana para Nova York, nos Estados Unidos, onde fará o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
Tradicionalmente, cabe ao representante do Brasil abrir os debates entre chefes de Estado e de governo dos países que integram a ONU. A última participação de Lula na Assembleia Geral foi em 2009. No encontro, Lula deve reforçar o discurso pelo combate às desigualdades sociais e às mudanças climáticas e pela reformulação do Conselho de Segurança da ONU. O petista também deve se reunir com o presidente dos EUA, Joe Biden.
Reforma ministerial
Lula ainda não definiu as mudanças que fará para incluir na equipe ministerial representantes do PP e do Republicanos, dois partidos do chamado Centrão. O petista deseja reforçar sua base de apoio no Congresso Nacional.
Ele já anunciou que pretende criar um ministério para pequenas e médias empresas, porém, ainda não oficializou a medida. A demora gera insatisfação nos partidos do Centrão, bloco que tradicionalmente apoia os governos em troca de cargos e recursos do orçamento público.
STF e PGR
Lula tratará ao longo deste mês das escolhas para a PGR (Procuradoria-Geral da República) e o STF. O mandato do atual procurador-geral da República, Augusto Aras, indicado no governo de Jair Bolsonaro, acaba neste mês.
Já a ministra do Supremo Rosa Weber se aposentará de forma compulsória em 2 de outubro, quando completará 75 anos.