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Política Funcionário da Agência Brasileira de Inteligência monitorou ex-deputado federal Jean Willys por suspeita de “ataques on-line” a Bolsonaro

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A informação de que o ex-deputado havia sido monitorado pela Abin de maneira ilegal já havia sido divulgada, mas não se sabia o motivo.

Foto: ABr
A informação de que o ex-deputado havia sido monitorado pela Abin de maneira ilegal já havia sido divulgada, mas não se sabia o motivo. (Foto: ABr)

Um servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirmou à Polícia Federal (PF) ter monitorado o ex-deputado federal Jean Wyllys após suspeita de que ele fosse o responsável por uma série de críticas contra o então presidente Jair Bolsonaro (PL) difundidas via Twitter, hoje X. O depoimento é parte da investigação sobre uso do órgão para espionagem ilegal de adversários políticos do ex-mandatário.

No depoimento, o servidor afirma que um dos diretores da agência solicitou que ele fizesse a consulta de um determinado número de telefone, e que o contato em questão era de Wyllys. O chefe, então, pediu que ele utilizasse o programa First Mile, que permite a geolocalização de alvos com base nos dados de celulares.

“Que a pesquisas seria realizada porque Jean Wyllys estaria fazendo uma campanha contra o então presidente no Twitter”, informou o servidor da Abin em depoimento à PF.

Segundo ele, também lhe foi repassado uma série de outros números de telefones que estariam ligados a Wyllys, mas que depois descobriu se tratar de familiares do ex-parlamentar. O agente, então, explicou que o alvo da agência concedeu uma entrevista dizendo que estava em Barcelona e que a missão foi encerrada sem que fosse possível vincular Wyllys como autor da campanha de difamação contra Bolsonaro.

A informação de que o ex-deputado havia sido monitorado pela Abin de maneira ilegal já havia sido divulgada, mas ainda não se sabia o motivo da espionagem.

Paraguai

O governo do Paraguai anunciou, nesta terça-feira (1º), que convocou o embaixador do Brasil no país, José Antônio Marcondes, para cobrar explicações sobre o suposto monitoramento da Abin a sistemas do governo paraguaio.

Um funcionário da Abin afirmou em depoimento à Polícia Federal que a atual gestão da agência teria mantido operações de invasão hacker a sistemas do governo do Paraguai e de autoridades envolvidas nas negociações da usina de Itaipu.

Em coletiva de imprensa, o chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez, afirmou que as autoridades do país classificam o tema como “delicado” e disseram que o Brasil precisa explicar qual foi o resultado da interferência.

“Convocamos o embaixador do Brasil no Paraguai, José Antônio Marcondes, para que ele ofereça explicações detalhadas sobre a ação de inteligência conduzida pelo Brasil, mediante a entrega de uma nota oficial que explique detalhadamente as ações desenvolvidas no marco dessa ordem, que foi colocada em prática pelo governo do Brasil”, afirmou o chanceler paraguaio.

O líder da equipe técnica paraguaia que toca as negociações com o Brasil no âmbito do acordo de Itaipu, ministro de Indústria e Comércio, Javier Giménez García de Zúñiga, afirmou que os debates sobre o tema estão suspensos até que a questão seja esclarecida.

“Está claro através do comunicado do governo brasileiro de que houve uma ordem para a Abin realizar essas medidas de inteligência. O governo do Paraguai está pedindo explicações. Ao mesmo tempo que se suspendem de forma indefinida as negociações do anexo C porque temos que restituir aquilo que é fundamental para a relação que é a confiança.”

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