Agnaldo Rayol não foi apenas um cantor excepcional, mas também uma figura inesquecível da televisão brasileira. Celebrado tanto por suas interpretações marcantes em novelas como por suas músicas românticas, o artista deixou um legado que atravessa gerações. Com mais de 70 anos de carreira, ele brilhou nas telas como galã, especialmente durante as décadas de 1960 e 1970, e foi responsável por sucessos musicais que embalaram tramas icônicas.
Nascido no Rio de Janeiro, o cantor começou sua carreira ainda criança e, ao longo do tempo, consolidou-se como um dos principais artistas da Record, onde atuou em novelas como A Última Testemunha (1968) e As Pupilas do Senhor Reitor (1970). Durante o auge de sua carreira, Rayol protagonizou também Os Deuses Estão Mortos (1971) e Sol Amarelo (1972). Além disso, sua atuação se estendeu à extinta TV Tupi e à Band, onde fez papéis de destaque em A Deusa Vencida (1980) e Os Imigrantes (1981).
Rayol marcou época ao interpretar canções românticas que se tornaram parte das trilhas sonoras de novelas consagradas. Seu dueto Mia Gioconda, com Chrystian & Ralf, eternizou o tema do personagem Geremias Berdinazzi em O Rei do Gado (1996), enquanto Tormento d’Amore, que cantou ao lado da soprano inglesa Charlotte Church, ficou na memória dos fãs como abertura de Terra Nostra (1999).
Ao longo de sua trajetória, Agnaldo Rayol lançou 56 discos. Ele faleceu nessa segunda-feira (4), aos 86 anos, em sua residência em Santana, na Zona Norte de São Paulo. A causa da morte foi uma queda.