Terça-feira, 08 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 24 de outubro de 2016
Três das principais companhias aéreas que atuam no Brasil começaram a proibir o embarque de passageiros com celulares do modelo Galaxy Note 7, da Samsung. Os smartphones também não podem ser despachados com a bagagem.
Gol, Latam e Azul adotaram as medidas por causa de um problema na bateria que faz o aparelho superaquecer e, em alguns casos, explodir. A Samsung vem sofrendo reveses com o Galaxy Note 7 desde que lançou o celular em agosto em dez países – o Brasil não estava na lista, nem havia previsão para o início das vendas por aqui.
Fim da fabricação.
A empresa coreana parou definitivamente de fabricar o aparelho e, antes disso, se viu forçada a convocar um recall em escala mundial de 2,5 milhões de unidades do Note 7 em setembro. Ainda assim, usuários que tiveram seus aparelhos trocados continuaram a relatar explosões.
Um deles estava em um avião que iria do Kentucky a Maryland, nos Estados Unidos, quando o aparelho que estava no bolso de sua calça começou a pegar fogo. A aeronave teve de ser evacuada.
Crise.
Analistas avaliam que a crise gerada pelo defeito com o Galaxy Note 7 pode fazer bem mais do que simplesmente arranhar a imagem da Samsung. Um relatório do Credit Suisse informa que as perdas da empresa sul-coreana podem ser de 17 bilhões de dólares – o cálculo inclui, entre outros dados, os 19 milhões de aparelhos da linha que a empresa possuía em estoque.
Crime nos Estados Unidos.
Após os incidentes, o governo dos Estados Unidos passou a considerar crime federal o ato de embarcar em aviões do país portando um Galaxy Note 7. Ser pego com essa “smart-bomba” é arriscar uma multa de até 179.933 dólares (ou mais de 570 mil reais).
No Brasil, a Gol já disponibilizou um aviso em seu site: “Pensando na segurança das operações e dos nossos passageiros, a GOL adotou a medida que proíbe o embarque do smartphone em qualquer circunstância”. A Latam fez o mesmo, “de acordo com a recomendação da FAA [Administração Federal da Aviação dos Estados Unidos]”. A Azul também afirma que a proibição já está em vigor.