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Armando Burd Agora é tarde

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Deputados federais querem vitrine

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Deputados federais se apressaram no final de semana para tratar da criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Alegam que “o escândalo da carne contaminada precisa de apuração e a gente vai acompanhar”.
A Câmara deve só acompanhar. Chegou tarde, porque a apuração da Polícia Federal está completa. Neste episódio, CPI, a tradicional vitrine, será sinônimo de redundância.

NA ÁREA DO DEBOCHE

Sobre o escândalo da carne, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Rangel, disse ontem que “não existe risco sanitário”. Faltou acrescentar o que precisa acontecer para caracterizar risco.

ENTENDIMENTO IMPOSSÍVEL

Neste mês, completam-se 28 anos da primeira greve do magistério estadual. Desde então, sucederam-se muitas outras com prejuízos evidentes.
Há dois caminhos a seguir. O primeiro: concordar com a perda crescente da qualidade do ensino, como comprovam pesquisas com alunos. O segundo: a redenção do Estado pela educação pública de qualidade.
Enquanto não houver disposição dos professores e do governo do Estado para se reunirem, abrindo diálogo franco, sucessivas gerações pagarão preço alto na formação.

EXPLICAÇÕES NECESSÁRIAS

O plenarinho da Assembleia Legislativa vai lotar, às 14h de hoje, quando o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, começará a explicar os termos do Plano de Recuperação Fiscal que será firmado com a União. A iniciativa é do deputado Frederico Antunes que perguntará sobre detalhes da dívida do Estado e os prazos da renegociação.

MUDOU

Não se imaginava que as privatizações de aeroportos pudessem ocorrer sem a participação de alguns ingredientes: empresas suspeitas, financiamento do BNDES, fundos de pensão de servidores públicos e acertos por fora. As empresas privadas vencedoras agora são profissionais no ramo e pagaram com dinheiro próprio.

SUCESSÃO DE JANOT

Em dois meses começará o processo de escolha do novo procurador-geral da República. Rodrigo Janot, que encerra o segundo mandato, não pode concorrer à reeleição. Nos bastidores, surgem as candidaturas de Ela Wiecko, Raquel Dodger, Nicolau Dino e Mário Bonsaglia. Quem for eleito terá a responsabilidade de pedir inquéritos e oferecer denúncias de envolvidos em corrupção federal.

NÃO SE FUNDAMENTA

Há uma corrente de opinião que gosta de usar a imaginação e criar incertezas, insistindo em dizer que a Lava Jato pode parar, recuar e definhar. A Operação segue firme. É uma das maiores já realizadas no mundo para descobrir desvios de dinheiro, numa mistura espúria entre o público e o privado.

MAIS SEGURO

O medo de assaltos muda hábito: aumenta o número de proprietários que, à noite, deixam seus automóveis em casa, utilizando táxis e aplicativos de veículos particulares para os deslocamentos.

RÁPIDAS

* A tendência é que a reforma da Previdência leve parte dos trabalhadores a contratar previdência privada.

* Chumbo no governo: será do PC do B o espaço, amanhã à noite, para propaganda em rede nacional de rádio e TV.

* Políticos que se excedem em autoelogios esquecem do ditado: quem fala de si, só a si não aborrece.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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