O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), vai insistir junto à Procuradoria-Geral da República na responsabilização do ministro Alexandre de Moraes por abuso de autoridade. A base da ação é a mesma descartada por Dias Toffoli, do STF. Como o ministro Dias Toffoli, rejeitou, sem consulta prévia à PGR, a representação contra Moraes, Bolsonaro agora vai direto à Procuradoria. Uma outra investida do presidente da República tem a direção das côrtes internacionais. O presidente Jair Bolsonaro prepara relatórios com o que considera “excessos” cometidos por Alexandre de Moraes no Inquérito das Fake News e outras ações contra o Chefe de Estado para encaminhar às Côrtes internacionais.
O primeiro relatório será entregue à Corte Interamericana de Direitos Humanos, que tem sede em San Jose, na Costa Rica.
Contra Jair Bolsonaro, denúncia é recebida
Ao mesmo tempo em que resiste a um pedido para investigar o ministro Alexandre de Moraes, o STF aceitou ontem uma denúncia encaminhada por um deputado contra Jair Bolsonaro. A ministra Rosa Weber enviou à Procuradoria-Geral da República uma ação na qual o deputado federal Israel Batista (PSB-DF) pede a investigação de Jair Bolsonaro (PL) após falas sobre a lisura do processo eleitoral em um evento no Planalto e depois com empresários. No caso contra Bolsonaro, Rosa Weber enviou o pedido à análise da PGR, o que Dias Toffoli deixou de fazer na representação contra Alexandre de Moraes. Rosa Weber despachou: “Sendo esse o contexto, ouça-se o Senhor Procurador-Geral da República, a quem cabe a formação da opinio delicti em feitos de competência desta Suprema Corte”.
Arapuca à vista?
Em se tratando do mesmo tribunal que conseguiu a proeza de extinguir as condenações impostas por três instâncias ao ex-presidiário Lula, este movimento da ministra Rosa Weber dentro do STF sinaliza para uma possível arapuca jurídica destinada a retirar o presidente Jair Bolsoanro da próxima eleição. Vale o alerta do saudoso colunista Ibrahim Sued: “Olho vivo, que cavalo não desce escada”.
Caciques do PSDB, MDB e Cidadania preparam golpe contra Dória
O PSDB gastou R$ 12 milhões numa prévia que não vale nada? Depois de renunciar ao poderoso governo de São Paulo, acreditando que a prévia interna que venceu no PSDB seria para valer, João Dória corre o risco de ficar sem nada: nem governador, nem candidato à presidência da República. Uma reunião ontem dos caciques do PSDB, MDB e Cidadania decidiu que Simone Tebet, com 1% dos votos, será a candidata com maior potencial eleitoral que João Dória, por possuir menor rejeição.
Golpe abre espaço para Eduardo Leite
O golpe que está sendo aplicado na pré-candidatura de João Dória, reabre a possibilidade do ex-governador gaúcho Eduardo Leite surgir como alternativa para a chamada terceira via. O deputado Aécio Neves, da cúpula do PSDB, deu uma pista ontem ao afirmar que a candidatura de Simone Tebet não é confiável, porque dentro do MDB há um grupo muito forte disposto a apoiar a candidatura do ex-presidiário Lula.