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Agora ou depois

Pedro Simon, exemplo de guerreiro na defesa dos valores éticos, dentro e fora do Congresso. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Persiste no núcleo do poder do Palácio Piratini a dúvida sobre o momento mais adequado para o envio de projetos à Assembleia com os quais pretende começar a reforma administrativa e recuperação financeira do Estado. Uma corrente preconiza paciência e a fixação de abril como mês limite para protocolar. Outra defende a apresentação até a metade de fevereiro, numa espécie de tudo ou nada, confiando que a maioria tem noção exata da crise e aprovará.

Questão sutil

O tempo é fundamental. Projeto de Emenda Constitucional para retirar a necessidade de plebiscito para privatizações não pode estar acompanhado do pedido de urgência, diz o regimento interno. Se a maioria decidir cozinhar o assunto em banho Maria, o governo ficará manietado.

Operação Chega Mais

Deputados da base aliada vão sugerir ao governador Eduardo Leite que compareça na sessão plenária da Assembleia, a 5 de fevereiro, a primeira da nova legislatura. Falaria da tribuna, fazendo um apelo a favor da aprovação dos projetos que encaminhará. Seria uma extensão da aproximação com todas as bancadas, que se iniciou no período da transição do governo.

Linhas definidas

No discurso, ao assumir hoje a presidência da Assembleia, o deputado estadual Luis Augusto Lara dirá que “a missão será encontrar a convergência e aumentar a transparência”. De 2015 a 2018, quando exerceu o seu quinto mandato, Lara se dedicou a localizar os vazamentos que tornam o orçamento do Estado incapaz de compatibilizar receitas e despesas. Continuará decidido a abrir a caixa preta dos incentivos fiscais e dos juros subsidiados para empresas.

Ponto de partida

O futuro do país fica nas mãos da nova composição do Senado e da Câmara dos Deputados. A gestão Bolsonaro, que negociou pouco com os partidos e mais com os blocos temáticos, só decolará se os votos no placar eletrônico se mostrarem favoráveis ao governo.

No trote

Com seu automóvel, Juliano Franczak, O Gaúcho da Geral, virá hoje de Novo Hamburgo até o Parque Mauricio Sirotsky Sobrinho, onde montará no seu cavalo para chegar na Assembleia Legislativa e tomar posse como deputado estadual. Foi uma promessa que fez a um eleitor de Alegrete. Juliano obteve votos em 494 municípios do Estado. O Gaúcho da Geral não será o primeiro. Há 20 anos, para assumir o mandato, o deputado Osmar Severo surgiu na parte externa do Palácio Farroupilha pilchado e a cavalo.

Guerreiro e defensor da ética

Hoje, Pedro Simon completa 89 anos com a mesma vitalidade do tempo da política estudantil em Caxias do Sul. Entre os depoimentos dados na introdução de vários de seus livros, o colunista destaca o de José Gregori, que foi ministro da Justiça de 2001 a 2002: “Simon é uma espécie de correição da República. Não temos ombudsman, mas temos o senador Pedro Simon. Um homem que zela para que em todos os setores não se perca a noção dos princípios e dos valores fundamentais.”

Esqueceram

Lideranças nacionais do PT querem uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a tragédia de Brumadinho. Vão, ao mesmo tempo, arrumar dor de cabeça para Fernando Pimentel, também do PT, que governou Minas Gerais nos últimos quatro anos.

Muda a divisão

O PSL ficará com a maior fatia do Fundo Partidário este ano: 115 milhões e 100 mil reais, do total de 927 milhões e 700 mil previstos para 21 legendas. Em 2º lugar vem o PT (101 milhões e 900 mil); em 3º, o PSDB (60 milhões e 300 mil). Os demais 18 partidos dividirão 650 milhões e 400 mil. Por não terem alcançado o número mínimo de votos exigido pela cláusula de desempenho, 13 ficarão fora da distribuição: Rede, Patriota, PHS, DC, PC do B, PCB, PCO, PMB, PMN, PPL, PRP, PSTU e PTC.

Carrossel gira

A esquerda brasileira anda furiosa e chama o presidente Evo Morales de vira-casaca. Ele tenta se aproximar de Bolsonaro em defesa da economia debilitada da Bolívia.

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