Terça-feira, 19 de novembro de 2024
Por Flavio Pereira | 21 de setembro de 2022
O Tribunal Superior Eleitoral, em nova decisão que censura o uso de imagens de eventos públicos com a presença de Jair Bolsonaro, proibiu o presidente e candidato à reeleição, de utilizar imagens de seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) durante sua campanha eleitoral. Em decisão monocrática, o ministro Benedito Gonçalves atendeu pedido da candidata à presidente da República, Soraya Thronicke (União Brasil). O TSE também censurou vídeos e imagens do Twitter e do Google onde Bolsonaro discursa para apoiadores na sacada da Embaixada do Brasil em Londres.
Na ONU, Jair Bolsonaro denunciou corrupção e crimes dos governos do PT
Resumidamente, o presidente Jair Bolsonaro exaltou os êxitos da política econômica e do agronegócio e descreveu o que acontecia em governos anteriores, quando o Brasil era motivo de piada no mundo inteiro:
“No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e desvios chegou à casa dos US$ 170 bilhões. O responsável por isso foi condenado em três instâncias, por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas. Esse é o Brasil do passado”, continuou.
Suspeição de ministros do TSE?
Ontem, o jornalista Alexandre Garcia comentou insistentes diálogos de juristas em Brasilia, indicando que pelo menos três ministros que hoje integram o TSE deveriam se declarar suspeitos para julgarem casos do atual processo eleitoral por terem votado a favor da libertação do ex-presidiário Lula. São os ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. No caso do atual presidente do TSE, pesa ainda o fato de Alexandre de Moraes ter ocupado cargo de confiança do governo de Geraldo Alckmin, quando foi seu Secretário da Segurança.
STF mantém restrições a posse e uso de armas pelos cidadãos
O Supremo Tribunal Federal formou maioria nesta terça-feira, 20, pela manutenção da liminar que suspendeu a flexibilização da compra e o porte de armas no Brasil. A decisão, que atende a pedido do PT e do PSB, contraria o que foi decidido pelos brasileiros no referendo de 2005, quando 63% dos eleitores rejeitaram os termos do Estatuto do Desarmamento e defenderam a flexibilização do comércio de armas para proteção dos cidadãos. O plenário da Suprema Corte manteve a decisão concedida pelo ministro Edson Fachin em 5 de setembro, quando revogou trechos de decretos realizados pelo governo Jair Bolsonaro sobre os CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), que regulamentam o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003) e flexibilizam a posse de arma de fogo e a quantidade de munições que podem ser adquiridas.
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