Sexta-feira, 01 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Segundo entrevista do gaúcho Eliseu Padilha no final de semana: “quando o presidente Michel Temer foi formar o ministério, perguntou aos candidatos: “Você foi mencionado, citado na Lava-Jato?”. Os que foram consultados disseram que não. Ao que o presidente disse, “pois bem, se algo acontecer, mostrando que não é bem assim peço que vocês pensem imediatamente em pedir exoneração, caso contrário terei de fazê-lo”. Dois ministros já caíram. O senador cassado Delcídio Amaral chegou mesmo a revelar participação de Padilha no esquema. Participação negada pelo ministro, claro!
Em despacho enviado nas últimas horas ao Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, atuou para obter recursos desviados da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS no Congresso, com a atuação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. Ao todo, pelo menos 11 integrantes ddo governo interino apareceram de alguma forma nas investigações do esquema investigado pela Lava Jato.
Uma nota publicada neste domingo pelo jornalista Elio Gaspari informa que: “Pelo andar da carruagem, a partir de agosto, a documentação da Lava Jato explodirá grão-senhores do PSDB e do PMDB nas investigações. Até lá, pingarão vazamentos, mas a partir do mês fatídico virão nomes e, sobretudo, números. Grandes nomes e grandes números. Quem está preocupado deve tomar tranquilizantes e esperar pelo inevitável”.
Essa explosiva possibilidade pode explicar o frenesi do presidente interino Michel Temer e do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator da comissão de impeachment no Senado, para acelerar a deposição definitiva da presidente Dilma Rousseff, encurtando os prazos e negando o amplo direito de defesa da Presidenta Dilma Rousseff.
E as vaias continuam. Aqui e no exterior. No dia 3 deste mês em reunião do Comitê de Normas da OIT em Genebra, a presidente da sessão, Cecilia Mulindeti-Kamanga, interrompeu um diplomata brasileiro, alegando que o representante do governo infringiu as regras da Conferência ao tratar de assunto (golpe) fora da pauta.
Um membro da diplomacia brasileira pertencente à Missão Permanente do Brasil na ONU tomou a fala para se referir à situação política brasileira, trabalhadores brasileiros presentes na reunião do Comitê de Normas da OIT se levantaram do plenário para denunciar o golpe no Brasil; delegados que representam trabalhadores e sindicatos de mais de 100 países somaram o coro em protesto ao governo brasileiro.
Por essa o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) não esperava. “Madrugada de sábado, 4 de junho. Campina Grande. Abertura do O Maior São João do Mundo, no Parque do Povo. Locutor: ‘Vamos chamar aqui o senador Cássio Cunha Lima!’. Senador: ‘Boa noite, Campina Grande!’. Público no Parque do Povo, entre vaias: ‘Golpista! Golpista! Golpista!’”. Vídeos sobre o episódio estão ‘viralizando’ nas redes sociais. Cássio disse ser um grupo de petistas. Para quem já assistiu o vídeo são milhares os “petistas” naquele estado!
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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