A certeza de Antônio Campos, irmão do falecido ex-governador Eduardo Campos, é compartilhada por grande parte da família Arraes e políticos de Pernambuco: seria influência de Renata, a mãe, a atitude agressiva do deputado João Campos (PSB-PE), que na quarta (11) atacou o tio durante sessão da Comissão de Educação da Câmara. Ex-militante de partidos de esquerda, Renata tem fama de irascível e xiita, apesar de viúva de Campos, “rei da simpatia” e do arranjo político.
Ei, sou de esquerda
João Campos marca sua atuação na Câmara pelo tom agressivo e pelo uso abusivo de frases feitas e de surrado jargão esquerdista.
O ataque ao tio
Ao interpelar de maneira desaforada o ministro Abraham Weintraub, na Câmara, João Campos afirmou que o tio Antônio “é pior que você”.
Cargo da discórdia
Há outras razões para a briga, mas Antônio irritou João e sobretudo a mãe Renata ao aceitar presidir a Fundação Joaquim Nabuco, do MEC.
Condenação de avó
Ministra Ana Arraes (TCU) deu pito no neto: “Liderança se consegue construindo. O desrespeito fica para quem não tem argumentos.”
Maia promete ‘cooperar’ com direitos humanos
Em Genebra, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, continuou a agenda de pré-candidato com reuniões com autoridades de organismos internacionais hostis ao presidente Jair Bolsonaro. Encontrou com a chilena Michelle Bachelet, atual Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, uma das maiores críticas do presidente. Maia prometeu uma “cooperação” entre a Câmara brasileira e o escritório da ACNUDH para implementar compromissos do Brasil na área de direitos humanos.
OMS e OIT
Maia esteve com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde e também com o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho.
Trabalhismo, não
Na OIT, o presidente da Câmara discutiu as reformas da previdência, trabalhista e a subsequente retomada do crescimento da economia.
Nem todos
O encontro de Maia com o presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, previsto na agenda, foi cancelado.
R$ 1,3 bilhão com viagens
As 812,8 mil viagens realizadas por funcionários públicos, militares, comissionados ou colaboradores eventuais da administração pública federal, fundações e autarquias, custou ao contribuinte R$ 1,3 bilhão apenas em 2019. O valor inclui o que gasto com passagens e diárias.
Comitiva secreta
Rodrigo Maia usa dinheiro público como bem entende, em suas muitas viagens pelas asas da FAB, mas a Câmara dos Deputados não divulga os custos e nem mesmo quem o acompanhou a Genebra, na Suíça, para cumprir agenda quase irrelevante. A comitiva é secreta.
Exemplo isolado
Enquanto o presidente da Câmara gasta sem piedade dinheiro público em viagens pela FAB, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, paga do seu bolso despesas de viagem como passagens, hotéis etc.
Dois pra cá, dois pra lá
O presidente Bolsonaro agiu corretamente ao informar que fez exame para verificar suspeita de câncer de pele. Todo mundo noticiou isso. Mas, ante a repercussão, acusou a imprensa de divulgar “fake news”.
Viagem é ‘destaque’
O Senado elegeu a viagem do presidente da Casa, Davi Alcolumbre, à Espanha como “destaque da semana”. No jato da FAB para Madri, para a COP25, entre os dias 6 e 10, a comitiva foi de 11 privilegiados.
Bem na fita
Pesquisa vai, pesquisa vem, e uma lei permanece imutável na Bahia: o povo adora quem está no poder, desde os tempos de ACM. Hoje, como sempre, o prefeito ACM Neto (DEM) e o governador Rui Costa (PT), apesar de oponentes, são pela ordem os maiores eleitores do Estado.
Tá feia a coisa
Os furtos em Brasília de uma árvore cheia de bolas e luzes, e até de um boneco Papai Noel, revelam um vale-tudo que nada tem de curioso ou engraçado. São sintomas de uma sociedade doente.
Necessidade urgente
O Programa da ONU para o Desenvolvimento (Pnud) mostra que entre 1990 e 2017 triplicaram os brasileiros com mais de 65 anos, agora 18 milhões. Mais que necessária, a reforma da Previdência era urgente.
Pensando bem…
… pelo andar dos acontecimentos, qualquer dia desses o dono da Itaipava vai tomar uma com seu grande amigo Lula, na cadeia.
PODER SEM PUDOR
O delegado professor
O jovem Tancredo Neves era promotor em São João Del Rey, Minas. Foi chegando e arranjando namorada. Mal sabia que o delegado havia proibido namoro nas praças, por isso ele se misturou aos muitos casais que ocupavam um dos jardins públicos da cidade. A polícia chegou de repente e expulsou todo mundo. Tancredo já ia protestar quando o delegado o reconheceu. Mas o policial mostrou que tinha muito a ensinar a ele: “Doutor, botei esse pessoal para fora para deixar o senhor à vontade…”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos