Levantamento parcial divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que as tempestades registradas desde o final de abril já causaram ao Rio Grande do Sul um prejuízo financeiro de ao menos R$ 8 bilhões. A agropecuária é uma dos setores com maiores perdas: mais de R$ 1,7 bilhão.
Desse montante, R$ 1,1 bilhão está relacionado à agricultura e R$ 61 milhões à pecuária. A indústria reportou R$ 166,3 milhões em prejuízos. Outros R$ 122 milhões foram relatados por comércios locais.
Os números contabilizam perdas registradas por prefeituras que enviaram os dados à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. A confederação esclarece que os impactos são informados pelos próprios municípios. São dados parciais, relatados à medida que os danos são contabilizados.
Situação geral
Com 447 dos 497 municípios gaúchos afetados pela enchente histórica que assola o Rio Grande do Sul, a CNM destaca que as enchentes já causaram mais de R$ 8,4 bilhões em prejuízos financeiros. Desse total, R$ 4,5 bilhões se referem ao setor habitacional, com 101 mil moradias destruídas ou danificadas.
No setor público, R$ 1,6 bilhões dos prejuízos se referem a obras de infraestrutura, como pontes, calçamentos e sistemas de drenagens urbanas. A entidade, que acompanha de perto a situação dos gestores, destaca que os dados ainda são parciais, uma vez que os gestores municipais enfrentam dificuldades para inserir as informações nos sistemas.
A Defesa Civil do Estado informa que já são 145 mortos e 815 desaparecidos. Destaca-se que esses concentram-se principalmente em quatro Municípios: Eldorado do Sul (300), Gramado Xavier (164), Candelária (120) e Canoas (114). Além disso, 8,8 mil pessoas estão feridas e enfermas, 620,8 mil desalojadas e 86,4 desabrigadas, além de 2,6 milhões de pessoas afetadas.
O total de R$ 8,4 bilhões em prejuízos foi informado pelos Municípios, mas são parciais e estão sendo alterados pelos gestores locais à medida que o nível da água continue a baixar. Desse total, tem-se que R$ 2,3 bilhões são no setor público, R$ 1,6 bilhão no setor privado e a maioria dos prejuízos, por enquanto, referem-se ao setor habitacional, com R$ 4,5 bilhões, sendo mais de 101 mil casas danificadas ou destruídas.
A CNM reitera que os dados são parciais, informados pelos gestores municipais e estão sendo atualizados à medida que mais Municípios preenchem as informações no S2iD. Por isso, os valores sofrem constantes alterações para mais ou menos à medida que as verificações em campo se intensificam.
(Marcello Campos)