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Mundo “Ainda não é hora de González entrar na Venezuela”, diz María Corina

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Ela acrescentou sobre a posse do chavista que “hoje, 10 de janeiro, Maduro consolida um golpe de estado”.

Foto: Reprodução
Ela acrescentou sobre a posse do chavista que “hoje, 10 de janeiro, Maduro consolida um golpe de estado”. (Foto: Reprodução)

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, fez um pronunciamento pela primeira vez nesta sexta-feira (10) após sua suposta detenção na quinta-feira (9). Em uma postagem nas redes sociais, a opositora afirmou que “Edmundo (González) virá à Venezuela para tomar posse como presidente constitucional quando as condições forem adequadas”.

Machado enfatizou que “o regime não apenas fechou o espaço aéreo da Venezuela, mas ativou todo o sistema de defesa aérea. Portanto, avaliamos tudo isso e decidimos que não é apropriado que Edmundo entre na Venezuela hoje”.

Ela acrescentou sobre a posse do chavista que “hoje, 10 de janeiro, Maduro consolida um golpe de estado”. Nicolás Maduro foi empossado nesta sexta para um terceiro mandato no país. A opositora também explicou no vídeo o que aconteceu no episódio de sua suposta prisão na quinta.

Depois de vários meses escondida, Machado reapareceu em um protesto em Caracas na quinta contra a posse do presidente Nicolás Maduro. Ao sair da concentração, a oposição denunciou que Machado havia sido “interceptada violentamente” e que dispararam contra seu veículo.

Crise

A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos. Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.

A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.

O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma ata eleitoral. O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.

O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembro, após ter um mandado de prisão emitido contra ele. Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Somente depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.

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