Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de maio de 2024
O rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho, em 2019, matou 272 pessoas
Foto: CBMMG/DivulgaçãoParte dos recursos pagos pela mineradora Vale a título de indenização pelo dano moral coletivo gerado na tragédia em Brumadinho (MG) será destinada ao Rio Grande do Sul. As vítimas do rompimento da barragem na cidade mineira, ocorrido em janeiro de 2019, aprovaram a ajuda ao Estado, que enfrenta a pior catástrofe natural da sua história.
Ao todo, serão destinados R$ 2,2 milhões. A decisão foi anunciada na segunda-feira (13) nas redes sociais da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão.
Desse total, R$ 2 milhões serão repartidos entre o governo gaúcho e o Fundo de Reconstituição de Bens Lesados, sob gestão do Ministério Público. Os R$ 200 mil restantes serão doados para a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, entidade que também está arrecadando recursos para ajudar as vítimas do desastre climático.
O dinheiro é proveniente de um fundo criado a partir de um acordo para indenizar parentes dos trabalhadores mortos na tragédia em Brumadinho. O desastre ambiental causou 272 mortes. A maioria das vítimas era empregada da Vale ou de empresas que prestavam serviços à mineradora.
O acordo que incluiu a criação do fundo também definiu os valores para as indenizações individuais aos pais, cônjuges ou companheiros e filhos dos mortos. Com isso, foi encerrada uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho logo após a tragédia.
Para o fundo, a Vale precisou destinar R$ 400 milhões. A movimentação do dinheiro depende de aval de um conselho gestor. Boa parte do valor teve destinação para projetos de preservação da vida, nas áreas de saúde e de segurança alimentar. Os recursos já beneficiaram, por exemplo, hospitais e instituições de pesquisa com a realização de reformas, financiamento de estudos, ampliação de leitos e aquisição de equipamentos.
Também já foram liberados montantes para ações de qualificação de trabalhadores e geração de emprego e renda, proteção de indígenas, idosos e crianças, educação e preservação da memória.
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