Domingo, 22 de dezembro de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
22°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Ala política do governo já aposta em novo imposto para bancar o programa social Renda Cidadã

Compartilhe esta notícia:

Avaliação é que medida pode avançar no Congresso se for para reforçar política social. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Diante do impasse sobre a fonte de financiamento do Renda Cidadã, integrantes da ala política do governo passaram a avaliar que uma solução possível seria criar um novo imposto, vinculado ao novo programa social, que substituirá o Bolsa Família.

Além disso, seria feita uma revisão nas despesas da União, inclusive com precatórios (dívidas decorrentes de condenações judiciais) para abrir espaço do teto de gasto público com o objetivo de acomodar o novo programa.

Apesar da rejeição à criação de um novo imposto, há uma avaliação dentro do governo e de lideranças partidárias de que a medida tem chance de avançar no Congresso se a justificativa for reforçar a política social para abrigar a parcela mais vulnerável da população.

Mas só receita nova não resolve o problema porque há o limite do teto de gastos. Ou seja, é preciso cortar despesas também.

Para auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, isso ficou claro na entrevista dada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Com aval do presidente, Guedes disse que o Renda Cidadã precisará de uma receita permanente e não pode ser um puxadinho, em referência aos recursos dos precatórios.

O ministro, no entanto, chamou atenção para o crescimento desse tipo de despesa, alegando que ela precisa ser revista.

Mais cedo, o vice-presidente, Hamilton Mourão, também falou na criação de imposto para financiar o programa, mas a nova receita e o programa ficariam fora do teto de gastos.

Guedes defendeu a consolidação de todos os programas sociais, o que resultará em ajustes em alguns deles, como abono. A proposta, no entanto, já foi rejeitada por Bolsonaro, que disse não tirar de pobres para dar a “paupérrimos”.

Na equipe econômica estão descartadas soluções rápidas para a questão e, além disso, a proximidade as eleições é outro complicador que pode empurrar a solução para depois do resultado das urnas.

O plano do ministro é criar um imposto sobre transações nos moldes da extinta CPMF para reduzir os encargos trabalhistas e gerar empregos. Mas esta narrativa enfrenta resistência no Congresso.

Na visão de parlamentares, a reação seria diferente se o governo vincular as novas receitas ao financiamento do programa social. Não necessariamente o novo tributo seria uma CPMF, disse uma fonte.

A fala do ministro Guedes teve como objetivo acalmar o mercado, diante da reação negativa ao uso dos recursos dos precatórios para financiar o novo programa social. Mas, segundo parlamentares, Guedes causou desconforto no Congresso porque ele participou do anúncio da medida e só se manifestou contra a ideia depois da repercussão negativa.

Essa atitude também deixou em situação delicada o senador Márcio Bittar (MDB-AC). Ele é relator da proposta da emenda à Constituição (PEC) do corte de gastos e autor do novo programa social, tendo como fonte de financiamento recursos dos precatórios e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Depois da fala do ministro, Bittar e o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) foram convocados para uma reunião do Palácio do Planalto, com integrantes da equipe econômica. Mas todos silenciaram sobre o assunto.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Evangélicos queriam um nome “terrivelmente de direita” no Supremo Tribunal Federal e apostam em um religioso para a segunda vaga
Bancos terão de monitorar saques e depósitos suspeitos abaixo de 2 mil reais
https://www.osul.com.br/ala-politica-do-governo-ja-aposta-em-novo-imposto-para-bancar-o-programa-social-renda-cidada/ Ala política do governo já aposta em novo imposto para bancar o programa social Renda Cidadã 2020-10-01
Deixe seu comentário
Pode te interessar